Vem aí a Ecovia do Mondego, via ciclável de 40 km para valorizar o turismo no Interior

Deverá estar pronta no final do próximo ano e começará onde acaba a Ecopista do Dão: seguirá da estação ferroviária de Santa Comba Dão até aos limites de Penacova, cruzando Mortágua e Vila Nova de Poiares.

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A Ecovia do Mondego vai continuar a Ecopista do Dão CM Santa Comba Dão

A valorização turística com ganhos para a economia e a qualidade de vida no interior foram esta segunda-feira enaltecidos, em Mortágua, na cerimónia de consignação da Ecovia do Mondego, uma via ciclável que terá 40 quilómetros de extensão.

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A valorização turística com ganhos para a economia e a qualidade de vida no interior foram esta segunda-feira enaltecidos, em Mortágua, na cerimónia de consignação da Ecovia do Mondego, uma via ciclável que terá 40 quilómetros de extensão.

Com início na estação ferroviária de Santa Comba Dão, na linha da Beira Alta, no distrito de Viseu, a Ecovia do Mondego vai prolongar-se até aos limites do concelho de Penacova, já no distrito de Coimbra, após atravessar os municípios de Mortágua e Vila Nova de Poiares.

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, salientou que se trata de um investimento de 1,5 milhões de euros que “ajudará a alavancar o turismo” no interior da região Centro, “com ganhos para a economia” nacional.

João Paulo Rebelo, que interveio na cerimónia da assinatura do auto de consignação da empreitada da nova ciclovia, um prolongamento da Ecopista do Dão, realçou que a obra insere-se “numa lógica de rede” que valoriza este destino turístico na área cycling & walking, ligada à fruição da natureza e da paisagem.

Nos próximos dez anos, a estratégia do Governo aponta para a existência em Portugal de mais de sete mil quilómetros de vias cicláveis, enquanto actualmente o país dispõe de pouco mais de dois mil quilómetros dessas infra-estruturas públicas, que reforçam a atractividade turística dos territórios, a qualidade ambiental e a qualidade de vida dos cidadãos em geral.

“A valorização turística deste eixo estruturante, que se desenvolve ao longo dos territórios do interior das regiões de Coimbra e Viseu Dão Lafões, potenciará o surgimento de novas actividades económicas ligadas ao turismo e ao desenvolvimento de novos serviços turísticos com base no património natural e cultural existente e na valorização dos produtos endógenos”, segundo a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, dona da obra, em parceria com a CIM Viseu Dão Lafões e os municípios de Mortágua, Penacova, Vila Nova de Poiares e Santa Comba Dão.

Para o presidente da CIM da Região de Coimbra, José Carlos Alexandrino, a Ecovia do Mondego “vem dar resposta à mobilidade crescente de todos e esbater assimetrias”, propiciando aos cidadãos “uma maior fruição das zonas ribeirinhas”.

“Este é, sem dúvida, um equipamento que permitirá alavancar a atractividade do nosso território e dar um grande impulso ao turismo e à economia local”, sublinhou na ocasião o também presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

Por sua vez, o presidente da Entidade Regional de Turismo de Centro, Pedro Machado, disse à Lusa que este investimento vem reforçar “a aposta nos mercados internacionais”, designadamente da América do Norte, América Latina e Europa, que mais se têm desenvolvido na área cycling & walking.

Tal aposta permite “uma transversalidade com outros produtos turísticos”, desde logo no interior, podendo ainda contribuir para a retoma da economia após a pandemia da covid-19. “Esta obra reforça o posicionamento da região Centro nos mercados turísticos, ao nível nacional e internacional”, acentuou Pedro Machado.