Algarve recebe a primeira regata de vela do Verão

De sexta-feira a domingo, mais de duas dezenas de embarcações de cruzeiro vão realizar percursos entre Albufeira, Portimão e Lagos na primeira edição da “Aos Bordos p´lo Algarve”.

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Rodrigo Moreira Rato/LX Sailing

Após vários meses com a frota atracada nas marinas devido à pandemia da covid-19, o Algarve vai receber a partir desta sexta-feira a regata “Aos Bordos p´lo Algarve”, prova de vela de cruzeiro que contará com a participação de 23 embarcações nas classes ORC e NHC. A prova será distribuída por três percursos entre Albufeira, Portimão e Lagos, e pretende colocar o Algarve “num lugar de destaque no mercado da náutica de recreio e da náutica desportiva competitiva”.

A organização é da Marina Yacht Clube de Albufeira (MYCA), em conjunto com a Best ESports Team e a Associação Regional de Vela do Sul (ARVS), com o apoio das marinas de Albufeira, de Lagos, de Portimão e de Vilamoura, e, apesar de se tratar de uma prova de cariz social, cumprirá toda a tramitação normal de uma competição oficial, tendo sido aprovada pela ARVS e pela Federação Portuguesa de Vela. 

Contando com 23 barcos na largada, prevista para esta sexta-feira às 12h em Albufeira, a primeira edição da “Aos Bordos p´lo Algarve” surgiu com o objectivo de reunir as frotas que habitualmente rumam para a costa algarvia no Verão, à qual se vão juntar várias embarcações de cruzeiro locais.

Carlos Urtigueira, presidente da MYCA, explica que aprova foi concebida e desenhada em plena crise da pandemia”, apesar do fantasma da covid-19, que provocou uma incerteza permanente sobre a “possibilidade ou não da sua realização face a todos os condicionamentos”.

Sensível aos “diversos pedidos de velejadores locais que demonstravam a inusitada ausência de regatas na região”, a MYCA começou a estudar a viabilidade da “Aos Bordos p´lo Algarve” há cerca de dois meses e meio, tendo a organização ajustado a regata aos condicionalismos provocados pela covid-19.

“Teremos de ser intransigentes e teremos de cumprir as regras que temos no nosso quotidiano”, explica Carlos Urtigueira, que alerta para que os participantes “evitem os ajuntamentos”, “cumpram as normas que forem solicitadas” e “respeitem o próximo”, passando uma “mensagem do civismo e fair-play” valores característicos da vela.

Com a região a tentar recuperar o tempo perdido devido à pandemia, João Fernandes, Presidente do Turismo do Algarve, realça que “a beleza natural do Algarve, as suas praias e a sua ampla linha de costa” fazem da “região um destino aliciante do ponto de vista do turismo náutico e costeiro, a maior actividade económica marítima em Portugal”.

Contando com o apoio de “quatro marinas galardoadas e bem localizadas, com quase quase mil postos de amarração, e serviços de hotelaria e restauração de qualidade”, João Fernandes diz existirem “razões mais do que suficientes para posicionar o Algarve num lugar de destaque no mercado da náutica de recreio ou até da náutica desportiva competitiva, como é o caso da regata ‘Aos Bordos P’lo Algarve’”, prova que “devolve a vela de cruzeiro ao mar depois do confinamento imposto pela pandemia”, valoriza a “economia do mar”, e ajuda “a promover o branding do Algarve como destino náutico”.

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