Começou a construção do Parque da Asprela no Porto

O projecto define como prioridade o controlo activo de cheias da ribeira da Asprela, através da criação de uma bacia de retenção com uma capacidade de 10.000 metros cúbicos.

Foto
Tiago Lopes

A construção do Parque Central da Asprela, em terrenos da Universidade do Porto, arrancou nesta terça-feira, tendo a obra, que representa um investimento de 1,64 milhões de euros, uma duração prevista de 570 dias, revelou a Câmara do Porto.

Num comunicado na sua página oficial, o município adianta que as retroescavadoras já se movimentam nos terrenos baldios onde vai nascer o “novo pulmão verde da cidade”, depois de a obra ter sido consignada nesta terça-feira.

“A obra arrancou hoje e representa um investimento na ordem dos 1,64 milhões de euros, fundamentais para transformar este espaço natural, há muitos anos abandonado, num espaço verde aprazível para a utilização e fruição da população, tirando ainda partido das características hidrográficas da ribeira da Asprela”, assinala a Câmara do Porto.

O projecto que associa a autarquia, através da empresa municipal Águas do Porto, a Universidade do Porto e o Politécnico do Porto, define como prioridade o controlo activo de cheias da ribeira da Asprela, através da criação de uma bacia de retenção com uma capacidade de 10.000 metros cúbicos, harmonizando-a com o espaço verde circundante, o que foi determinante para a obtenção do financiamento do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e Transição Energética, no valor de um milhão de euros.

O município salienta que, com a construção do Parque Central da Asprela, em terrenos da Universidade do Porto, “será devolvida à população a utilização e fruição de um espaço natural verde que permitirá tirar partido da ribeira da Asprela e de outras ribeiras circundantes mais pequenas, que actualmente não têm condições de ser desfrutadas”.

Tendo o enquadramento dos recursos hídricos como cerne do projecto, o projecto do futuro parque prevê a criação de espelhos de água, que vão interligar-se às estruturas verdes e aos percursos pedonais (também acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida) e cicláveis.

“Como resultado, vai constituir-se uma zona de boa drenagem hídrica, que reduzirá significativamente a ocorrência de cheias e de inundações através da estabilização dos leitos e de margens, apostando-se também na regularização fluvial da Ribeira da Asprela”, refere o município.

De igual forma, o projecto quer consolidar a estrutura verde do local, estimuladora da permeabilidade do solo e mitigadora dos problemas desencadeados pelas alterações climáticas, em linha com as ambições do próximo Plano Director Municipal neste domínio, e ainda com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Águas do Porto, no sentido de desentubar e reabilitar as ribeiras do Porto.

Sugerir correcção