Covid-19. Mexer em dinheiro e ar condicionado têm risco “muito baixo”, diz DGS

Autoridades actualizaram orientações para vários estabelecimentos e actividades, como escolas, creches, transportes públicos e lares.

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DGS diz que risco de transmissão do novo coronavírus através do dinheiro é reduzido, mas pede para se lavar as mãos depois de cada utilização Andreia Patriarca

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) actualizou esta segunda-feira as orientações relativas ao uso de notas e moedas e ao risco do ar condicionado, concluindo que o risco de transmissão do coronavírus por estas vias é “muito baixo”, tendo em conta o “actual conhecimento científico”.

Num comunicado publicado no site da DGS, as autoridades de saúde dizem que “o risco da utilização de sistemas AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) é considerado muito baixo desde que se cumpram as regras para uma utilização segura, nomeadamente a sua manutenção, de acordo com as indicações do fabricante, e a renovação do ar dos espaços fechados”.

As actualizações foram feitas às orientações para vários estabelecimentos e actividades, como escolas com anos de escolaridade em regime presencial, creches, estabelecimentos de restauração, espaços culturais, espaços de prática de desporto e exercício físico, consultórios e clínicas de saúde oral, lares, unidades de cuidados continuados integrados e instituições de acolhimento de crianças e jovens em risco.

Num despacho, a DGS recomenda ainda que o ar condicionado seja apontado para cima para o ar ser constantemente renovado, “de forma a assegurar, sempre que possível, uma boa ventilação dos espaços”.

A DGS, que se coloca do lado da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), aponta que o contágio “ocorre maioritariamente através de secreções e gotículas e do contacto próximo com pessoas infectadas, não excluindo a possibilidade de transmissão por aerossóis”.

Também dentro de casa, as autoridades recomendam que a renovação do ar seja feita “através da abertura de portas e janelas, nos períodos de menor calor e quando não há incidência directa do sol”.

Quanto à utilização de dinheiro, o risco de transmissão do vírus também se mantém reduzido, “desde que se cumpram as regras de higienização das mãos”. Apesar de tudo, a DGS continua a privilegiar o pagamento através de “vias sem contacto (como aplicações informáticas ou cartões contactless)”, e pede que, caso seja utilizado dinheiro, que as mãos sejam lavadas logo a seguir.

Para a utilização de dinheiro, as orientações actualizadas destinam-se aos transportes públicos e, à semelhança das recomendações sobre ar condicionado, a clínicas, consultórios ou serviços de saúde oral, estabelecimentos de restauração e espaços e equipamentos culturais.

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