Covid-19: mais duas mortes e 135 casos em Portugal. É a menor subida no número de infecções desde 11 de Maio

Novos casos diminuíram na última semana. Desde 14 de Julho, foram detectadas 1720 infecções, uma descida face à semana anterior: de 7 a 13 de Julho, foram registados 2489 casos de infecção. Lisboa e Vale do Tejo concentra 80% dos casos detectados nas últimas 24 horas.

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Hospital Beatriz Ângelo, em Loures Miguel Manso

Portugal regista esta segunda-feira mais duas mortes por covid-19, somando-se um total de 1691 vítimas mortais no país desde o início do surto. Há mais 135 pessoas infectadas, uma taxa de crescimento de 0,28% em relação a domingo que eleva para 48.771 o número total de casos identificados em Portugal. É o menor número de casos registado em 24 horas desde 11 de Maio – também uma segunda-feira –, dia em que houve 98 novos casos.

Comparando com os números de segunda-feira passada, verifica-se no boletim epidemiológico desta segunda-feira uma descida no número de casos: a 13 de Junho, foram detectados 306 novos casos, para um total de 46.818 infecções. Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram identificadas 254 infecções nesse dia.

Também se verifica uma diminuição no número de infecções detectadas nos últimos sete dias: de 14 de Julho até esta segunda-feira, foram detectados mais 1720 casos (uma média de cerca de 245 casos por dia), uma descida face aos 2489 na semana de 7 a 13 de Julho. O número de novas infecções detectadas ficou abaixo dos 2000 pela primeira vez desde há mais um mês, quando se contabilizaram 1730 novos casos entre 9 e 15 de Junho.

Segundo Marta Temido, na conferência de imprensa desta segunda-feira sobre a evolução da pandemia em Portugal, a taxa de incidência da doença nos últimos sete dias é de 19 casos por 100 mil habitantes, valor que a ministra da Saúde encara como um “sinal encorajador”.

Entre 12 e 16 de Julho, o índice de transmissão (Rt) situou-se em 0,97. “O risco de transmissão ao longo do tempo está numa trajectória de decréscimo”, referiu Marta Temido.

O boletim divulgado esta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) dá ainda conta de mais 178 pessoas recuperadas nas últimas 24 horas, o que faz aumentar o número total de recuperações para 33.547. Excluindo estes casos e os óbitos, há 13.533 casos activos em Portugal, menos 45 do que os de ontem. 

Segundo a ministra da Saúde, 56% dos casos activos são na região de Lisboa e Vale do Tejo. Já recuperaram da doença 68,8% dos infectados.

Há 454 pessoas internadas (mais 15), das quais 61 estão nos cuidados intensivos (o mesmo número de domingo).

A taxa de letalidade global é de 3,5%, subindo para 16% em casos acima dos 70 anos. As duas mortes registadas esta segunda-feira foram de doentes com 80 ou mais anos (um homem e uma mulher).

A região de Lisboa e Vale do Tejo concentra 108 dos novos casos, 80% das infecções detectadas nas últimas 24 horas, contabilizando um acumulado de 24.369 casos e 564 mortes desde o início do surto. Dos 1720 casos identificados nos últimos sete dias, 1361 (cerca de 79%) foram registados nesta região. Há 206 surtos activos: 41 na região Norte, 11 no Centro, 131 em Lisboa e Vale do Tejo, 10 no Alentejo e 13 no Algarve.

Nas últimas 24 horas, foram identificados 18 casos na região Norte (18.356 casos e 827 mortes), quatro na região Centro (4361 casos e 251 mortes) e cinco no Alentejo (635 casos e 19 mortes). Algarve, Açores e Madeira não registaram qualquer novo caso ou óbito desde domingo.

Lisboa com “melhor acompanhamento dos casos activos"

O relatório de situação desta segunda-feira conta com a actualização do número de casos por concelho. Nos últimos sete dias, Sintra foi o município com maior número de novos casos identificados (3476, mais 257 desde a última actualização), seguido de Lisboa, o concelho com maior número acumulado de casos (4240, mais 156), Loures (2197, mais 109), Amadora (2090, mais 101), Cascais (1302, mais 90), Odivelas, (1425, mais 76), Seixal (797, mais 65), Oeiras (1030, mais 61), Almada (774, mais 60), Vila Franca de Xira (973, mais 43) e Mafra (373, mais 32). Entre 14 de Julho e esta segunda-feira, 61% dos casos identificados no país foram registados nestes 11 concelhos.

Sobre a situação na região de Lisboa, Marta Temido afirmou que tem sido feito “um trabalho de grande intensidade nas 19 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa”.

Nos últimos sete dias a incidência da doença diminuiu, “mantendo-se Sintra um pouco distante da situação que gostaríamos de atingir”, disse a ministra da Saúde. Além do foco na redução de cadeias de transmissão e de novos casos, Marta Temido destacou o “melhor acompanhamento dos casos activos” que tem sido realizado na região.

Relativamente ao surto em Reguengos de Monsaraz, Marta Temido actualizou os dados: dos 168 casos de infecção, 80 dizem respeito a utentes do lar de idosos, 29 aos profissionais dessa estrutura e os restantes à comunidade. Há oito dias que não há novos casos de infecção na cidade.

A ministra da Saúde abordou também a evolução dos vários ensaios clínicos de vacinas, afirmando que a tutela e o Infarmed têm “acompanhado os desenvolvimentos de várias possíveis vacinas” para a covid-19. “É prematuro ter mais do que expectativas relativamente ao seu sucesso”, acrescentou Marta Temido.

Após uma reunião realizada na semana passada com os ministros da Saúde da União Europeia, a ministra refere que Portugal sinalizou o “interesse em adquirir para o nosso país quantidades adequadas de uma eventual vacina”.

Até domingo, Portugal registava 1691 mortes e 33.369 recuperações em 48.636 casos confirmados de infecção.

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