Rússia anuncia “êxito” nas provas clínicas de vacina contra a covid-19

O grupo de voluntários recebeu alta esta segunda-feira e todos “desenvolveram uma resposta imunitária, como resultado da vacina”.

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De acordo com o Ministério da Defesa russo, a vacina não provocou “complicações” ou “reacções indesejadas” Dado Ruvic

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou esta segunda-feira ter concluído com “êxito” a fase de ensaios clínicos de uma vacina contra a covid-19, que foram realizadas em conjunto com o Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. 

“Na manhã do dia 20 de Julho [hoje], o segundo grupo de voluntários recebeu alta”, afirmou o Ministério da Defesa através de um comunicado, referindo que as provas clínicas foram executadas no Hospital Militar Central Burdenko, em Moscovo.

A mesma nota indica que “os resultados das análises mostram de forma inequívoca que todos os voluntários desenvolveram uma resposta imunitária, como resultado da vacina”. De acordo com o ministério, a vacina não provocou “complicações” ou “reacções indesejadas”.

Os voluntários foram vacinados no passado dia 23 de Junho e no próximo dia 4 de Agosto vão ser submetidos a uma série de novas análises de controlo para confirmação dos resultados e inocuidade da vacina. 

O Ministério da Defesa sublinhou que as provas clínicas da vacina foram realizadas “em concordância com a metodologia científica e com a legislação em vigor, sem encurtar os prazos da investigação para que sejam evitados riscos posteriores”. 

Segundo os dados oficiais, na Rússia morreram 12.427 pessoas de covid-19 e registaram-se 777.486 casos de infecção até esta segunda-feira.

Na semana passada, o Reino Unido acusou a Rússia de ciberataques, associados ao Kremlin, contra universidades, farmacêuticas e cientistas britânicos, norte-americanos e canadianos, com o objectivo de roubarem informação sobre o desenvolvimento da vacina para a covid-19.

A acusação surgiu num comunicado do Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido, em conjunto com outras entidades homólogas nos Estados Unidos e Canadá. Dominic Raab, chefe da diplomacia britânica, classificou a acção russa como “totalmente inaceitável”.

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