Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin acusado de corrupção

Político brasileiro do PSDB vê-se apanhado nas malhas da operação Lava-Jato, no âmbito da qual é investigado desde 2017.

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Geraldo Alckmin, na campanha eleitoral de 2018 LUSA/Sebastiao Moreira

O ex-governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o cargo para disputar as eleições presidenciais em 2018, foi agora acusado de corrupção, branqueamento de capitais e uso de dinheiro não declarado em campanhas eleitorais.

As acusações foram feitas pela Polícia Federal brasileira numa investigação relacionada com a operação Lava Jato, que acontece ao nível da Justiça Eleitoral.

Agora caberá ao Ministério Público de São Paulo decidir se dá andamento à denúncia e pede que a investigação se aprofunde ou se solicitará o arquivamento do caso.

Alckmin, que foi também candidato às presidenciais contra Lula da Silva, é investigado pela Lava Jato desde 2017.

Além do ex-governador, Marcos Monteiro, que foi tesoureiro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), também foi denunciado pelos agentes da polícia.

Para formular as acusações, os investigadores informaram que se basearam em delações premiadas [acordo judicial em que um acusado confessa crimes em troca da redução da sua pena] de executivos da construtora brasileira Odebrecht.

Os polícias também recolheram provas em sistemas informáticos, na análise de conversas telefónicas.

Lançada em 2014, a operação Lava Jato trouxe a público um gigantesco esquema de corrupção de empresas públicas, implicando dezenas de altos responsáveis políticos e económicos, e levando à prisão de muitos deles, como o antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, entretanto libertado no ano passado.

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