Um altar para Amália em Paris

Amália em Paris, caixa de cinco CD que a Valentim de Carvalho lança no dia do centenário oficial da cantora, recupera o início da explosão da sua carreira internacional e coloca-nos perante a pergunta sobre aquilo que Amália foi para lá das fronteiras portuguesas.

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charles Ichaï

“A minha carreira internacional deve-se a uma circunstância muito simples. Uns franceses vieram a Portugal fazer um filme e queriam uma pessoa que cantasse [1954]. Começaram a pegar em discos, a ouvir artistas e escolheram-me a mim. Antes disso eles nem sabiam da minha existência. Foi assim que começou a minha carreira internacional.” É com estas palavras que Amália Rodrigues resume ao biógrafo Vítor Pavão dos Santos o momento de viragem na expansão do seu canto pelos quatro cantos do mundo. Como se tivesse sido um acidente. E embora haja, naturalmente, algo de aleatório nesta história, não é difícil de imaginar que seria apenas uma questão de tempo para que qualquer outra arbitrariedade viesse a desencadear uma semelhante rendição mundial à voz sublime de Amália.

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