Crédito ao consumo com queda de 55,9% em Maio

O maior descrécimo, de 60,5%, foi registado no crédito pessoal. Para compra de automóvel caiu 50,2%.

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Encerramento do comércio com impacto no crédito ao consumo Nuno Ferreira Santos

As famílias estão a pedir mesmos crédito ao consumo e os bancos estão mais restritivos na sua concessão. Os dados do Banco de Portugal (BdP), divulgados esta quarta-feira, mostram que o crédito contratado em Maio ascendeu a 296,594 milhões de euros, o que representa uma queda de 55,9% face aos 672,315 milhões de euros do mesmo mês do ano passado.

Ainda assim, os dados de Maio mostram uma recuperação de 46,1%, ou mais 93,5 milhões de euros, em relação a Abril, mês em que a maioria das actividades comerciais esteve encerrada, devido à pandemia de covid-19.

Em Abril, o crédito concedido ficou em 203,066 milhões de euros, o valor mais baixo desde Junho de 2017.

De acordo com os dados do BdP, o crédito pessoal foi o que registou a maior queda, de 60,5%, para 122 milhões de euros, e o crédito automóvel caiu 50,2%, para 134 milhões de euros. Os descobertos bancários, nomeadamente através dos cartões de crédito, diminuíram 56,8%, para 41 milhões de euros.

Os bancos admitem que os critérios de concessão de crédito a empresas e particulares tornaram-se mais restritivos no segundo trimestre, face aos três meses anteriores, revela o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito divulgado esta terça-feira. No caso dos particulares, a maior exigência na concessão de novos empréstimos verificou-se precisamente no crédito ao consumo. Com Lusa

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