Sp. Braga adormeceu com a sombra de um lugar no pódio

Golo de Ricardo Horta criou falsa ilusão de superioridade, desfeita nas mãos de Koffi e na cabeça de Cassierra. Belenenses SAD ganhou fôlego para tentar escapar aos lugares de despromoção.

Momento do jogo entre o Sp. Braga e o Belenenses SAD
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Momento do jogo entre o Sp. Braga e o Belenenses SAD LUSA/HUGO DELGADO
Festejos dos jogadores do Sp. Braga após marcarem o seu golo
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Festejos dos jogadores do Sp. Braga após marcarem o seu golo LUSA/HUGO DELGADO
Petit, treinador do Belenenses SAD
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Petit, treinador do Belenenses SAD LUSA/HUGO DELGADO
Momento o jogo entre o Sp. Braga e o Belenenses SAD
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Momento o jogo entre o Sp. Braga e o Belenenses SAD LUSA/HUGO DELGADO
Artur Jorge, treinador do Sp. Braga
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Artur Jorge, treinador do Sp. Braga LUSA/HUGO DELGADO

Quando tinha tudo para sintonizar no jogo do Dragão, na esperança de assistir à primeira derrota do Sporting de Rúben Amorim, o Sp. Braga adormeceu e já não foi a tempo de reclamar o terceiro lugar da Liga. Aproveitou um Belenenses SAD atento, ciente das fraquezas próprias e dos argumentos alheios para empatar perto do fim e somar um ponto crucial na fuga aos lugares de despromoção.

Na “pedreira”, esperava-se ainda que Paulinho — depois do último hat-trick — pudesse dinamitar a concorrência benfiquista de Pizzi e Vinícius, de forma a assumir a liderança isolada da lista dos melhores marcadores do campeonato. E o avançado ainda celebrou, mas por escassos segundos, já que estava “impedido”.

Mas voltando ao início, num nível mais elevado de ansiedade, o Belenenses SAD lutava pela sobrevivência. Avisado da veia “guerreira” dos minhotos (com 9 golos em dois jogos), Petit aproveitou a onda de calor para tentar quebrar o ritmo minhoto, explorando, sempre que possível, atalhos para a baliza de Matheus.

Logo no primeiro impacto, depois de Ricardo Esgaio ter testado os reflexos de Koffi, os “azuis” ainda ameaçaram por Pina, valendo a raça de Palhinha para evitar o que se anunciava como um golo cantado.

Identificados os processos, o Sp. Braga começou a pautar o jogo, intensificando as acções ofensivas que poderiam ter, em dois momentos, premiado o “centenário” Fransérgio. O médio brasileiro esteve na iminência de marcar, após assistência de trivela de Paulinho, mas Koffi dava início a um pequeno festival, travando as intenções bracarenses com um punhado de intervenções de grande nível. O guardião burquinês negou o golo a Paulinho e a Ricardo Horta, mas nada pôde fazer perante a insistência do segundo, que marcou no minuto seguinte, levando o Sp. Braga em vantagem para os balneários.

O central belenense Ricardo Ferreira, que três minutos antes roubara a Paulinho a possibilidade de chegar ao 18.º golo na Liga, com um desarme in extremis, comprometeu ao pisar a bola na transição que o Sp. Braga transformou no seu único golo.

Com apenas mais um ponto do que o trio de aflitos com um pé na zona de despromoção, o Belenenses SAD precisava de mais ousadia para travar o cada vez mais acentuado domínio bracarense e ainda espreitar o ataque. As expectativas aumentaram quando Bruno Viana errou num atraso que quase resultava no empate... que Matheus resolveu.

Petit trocou então toda a linha da frente e Semedo dispôs de situação soberana. Não resultou à primeira, acertou Cassierra à segunda.

Para o Sp. Braga, já sem os rasgos de Trincão, substituído por Abel Ruiz, nada resultava. E o terceiro lugar terá, por isso, que esperar.

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