Aposta na formação paulatinamente em crescendo

No FC Porto de Sérgio Conceição, esta está a ser a temporada de maior aproveitamento da academia do Olival.

Foto
LUSA/MIGUEL A. LOPES

Treze jogos como titulares e 31 participações a partir do banco, é este o balanço da aposta do FC Porto nos produtos da formação na época em curso. Contas feitas, foram nove os jogadores made in Olival a competirem pela equipa principal atè data, com uma média de 19,5 anos.

Nos últimos anos, tem crescido entre os responsáveis do FC Porto o discurso acerca da vontade de olhar para dentro de portas no que toca à composição do plantel. Uma mudança de rumo imposta por fragilidades financeiras e que em 2019-20 começou a dar sinais de poder materializar-se. “Se houver a continuidade na aposta na formação, e com a qualidade que há, o FC Porto está bem servido para ter uma base na formação nos próximos anos”, vincou Sérgio Conceição, há menos de um mês.

Romário Baró começou por ser uma opção sólida no início da época, mas uma lesão em Setembro afastou o médio do “onze” e nunca mais recuperou o protagonismo, apesar do regresso em Janeiro. Nenhum outro jovem do plantel mereceu uma aposta tão firme e continuada do treinador, mas ao longo da época tem havido espaços de afirmação distintos para sete outros protagonistas.

Diogo Costa (defendeu a baliza frente ao Boavista), Tomás Esteves (dois jogos), Diogo Leite (dois como titular e cinco vezes utilizado a partir do banco), Bruno Costa (2/0), Fábio Vieira (1/5), Vítor Ferreira (0/7), João Mário (0/1) e Fábio Silva (1/10) têm contribuído para equilibrar um plantel com menos soluções do que em épocas anteriores.

Com Sérgio Conceição aos comandos, esta tem sido, de resto, a temporada de mais aproveitamento da formação, sendo que nestas contas já não entra Sérgio Oliveira. Em 2018-19, foram Diogo Costa e Chidozie a integrar o plantel; em 2017-18 haviam sido João Costa, Diogo Dalot e Bruno Costa, aos quais se juntou o regresso a casa de Gonçalo Paciência.

“Dizer-se que vamos apostar na formação é um lugar comum, é preciso ter a felicidade de ter jogadores de qualidade. Não se pode apostar na formação por ser formação. Quando há qualidade como eles têm, temos de apostar neles, são a garantia de futuro do FC Porto”, asseverou Pinto da Costa, presidente do clube, no início de Junho.

Sugerir correcção