FC Porto: a vitória que faltava para juntar à festa

Danilo Pereira e Marega marcaram os golos do triunfo do FC Porto por 2-0 sobre o Sporting no jogo que confirmou o 29.º título de campeão nacional para os “dragões”.

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Danilo Pereira Reuters/RAFAEL MARCHANTE

Um campeonato não se conquista com apenas um jogo e, como tinha dito Sérgio Conceição, não seria apenas o clássico que faria do FC Porto campeão, mas o que tinha feito nos 32 jogos anteriores. Um empate chegava para fazer a festa, mas celebrar com uma vitória daria outro sabor. E foi o que aconteceu. Não deram um grande espectáculo para juntar à festa que viria depois, mas os portistas fizeram mais do que o suficiente para triunfar por 2-0 sobre os “leões”, derrotados pela primeira vez na era Rúben Amorim. Sem público presente no Dragão, mas a festejar à distância, foi assim que o FC Porto, a equipa mais regular e menos errática do campeonato, selou o seu 29.º título de campeão nacional e o segundo em três anos para o seu treinador Sérgio Conceição.

Conceição preparou uma equipa de combate, juntando Danilo e Loum no meio-campo, e tentou compensar a falta de Corona com a introdução no “onze” do jovem Fábio Vieira.

Amorim não fugiu ao plano habitual, nem no plano táctico (defesa a três) nem no plano ideológico (muita juventude). E os “leões” deram sinais iniciais de que não queriam ser o convidado simpático da festa.

Logo na primeira jogada, Nuno Mendes arrancou pelo flanco, passou por Manafá e atirou para defesa apertada de Marchesín, que deixou a bola escapar para Sporar – o esloveno meteu a bola na baliza, mas estava fora-de-jogo.

O FC Porto recompôs-se rapidamente da entrada supersónica do Sporting e, mesmo sem fazer uma exibição por aí além, foi tomando conta do jogo graças a uma pressão constante sobre os jovens “leões”, muito erráticos e dados a perder a bola no seu próprio meio-campo.

Os portistas também tiveram o seu golo anulado – Diaz meteu a bola na baliza após uma saída em falso de Maximiano, mas dominou a bola com a mão – e tiveram muitas aproximações com perigo, a melhor de todas aos 25’, num remate de Diaz que Coates tirou em cima da linha. O melhor que o Sporting teve até ao intervalo foi um cabeceamento de Jovane por cima da trave após um canto.

O jogo não mudou muito de perfil na segunda metade. O FC Porto esteve quase sempre por cima, sem deixar o Sporting respirar, e o golo parecia apenas uma questão de tempo.

Aos 63’, o jovem Fábio Vieira arrancou um tremendo remate de fora da área que acertou na trave, e, aos 64’, o golo que iria dar algum colorido à festa. Alex Telles (quem mais) marcou o canto de forma irrepreensível e Danilo Pereira, de cabeça, fez o 1-0. E no tempo de compensação, Marega fez o 2-0, como que se redimindo pela birra que tinha feito quando não o deixaram marcar um penálti há uns dias. Poucos minutos depois, festejou-se no Dragão das bancadas vazias. Houve vitória, houve título, mas faltava ali qualquer coisa.

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