Bruno Fernandes volta a assistir, mas Man. United ainda não é equipa de pódio
Desta vez, não houve golo do português, mas houve assistência.
Poderia acabar a noite no pódio da Liga inglesa e em lugar de apuramento para a Liga dos Campeões, mas um golo sofrido em tempo de compensação tirou ao Manchester United uma vitória que parecia segura.
A equipa do português Bruno Fernandes empatou frente ao Southampton (2-2), nesta segunda-feira, não ultrapassando Leicester e Chelsea na tabela (está a um ponto dos londrinos e em igualdade com os “foxes”, na luta pela Champions).
Desta vez, não houve golo de Bruno Fernandes, mas houve assistência, como não poderia deixar de ser - marcou ou assistiu nos últimos quatro jogos.
Na primeira parte houve um jogo recheado de peripécias. Logo aos 9’, Martial recuperou uma bola a um adversário “adormecido” e seguiu isolado. Demorou a decidir onde colocaria a bola e, já perto de McCarthy, que se manteve firme e sem cair, permitiu uma grande defesa ao guardião.
“Invejoso” perante o facilitismo alheio, Paul Pogba fez o mesmo no lado contrário. Mas, desta vez, deu golo. A perda do francês permitiu ao Southampton contra-atacar e Redmond cruzou para a finalização de Armstrong, que fez o 0-1.
Aos 16’, um passe a rasgar de Shaw isolou Rahsford, que finalizou bem, mas viu o golo ser-lhe anulado por fora-de-jogo. Ainda antes do 20’ – e já depois de outra perda de bola do desinspirado Pogba –, Bruno Fernandes começou a jogada, fez rodar a bola para Pogba, o francês cruzou para Martial e o avançado, depois de um bom trabalho de costas para a baliza, assistiu Rashford. O jovem inglês fez um remate “indefensável” a meia altura: que não ficou nem ao alcance do pé nem da mão do guarda-redes.
São já seis os golos com “sociedade” feita entre Marcus Rashford e Anthony Martial. Nunca na história do Manchester United uma dupla criou tantos golos na mesma época e, nesta Liga inglesa, só o duo Raúl Jiménez e Adama Traoré é mais profícuo (sete golos).
Três minutos depois, Pogba começou a jogada, Bruno Fernandes deu-lhe velocidade e soltou Martial, que, como habitualmente, flectiu da esquerda para o meio e rematou forte. Mais uma assistência de Bruno Fernandes (a sétima no United) e mais um golo “clássico” de Martial.
A segunda parte foi bastante menos animada, com um jogo algo lento e pausado de ambos os lados. Depois de 45 minutos em que se “demitiu” do jogo, o United sofreu a consequência: Ward-Prowse bateu um canto aos 90+7’ e Obafemi finalizou junto à linha de baliza.
Apesar de inicialmente pressionante e capaz sem bola no último terço adversário, o United sofreu por não saber controlar o jogo com a bola em sua posse. Bruno Fernandes - apesar da assistência - e Pogba não estiveram inspirados e a equipa ressentiu-se. Ainda assim, o United mantém-se na luta pelos lugares de Liga dos Campeões.