Villas-Boas reafirma ambição de comandar o FC Porto

O actual técnico do Marselha revela que gostava de liderar uma selecção no Mundial 2022.

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O treinador português André Villas-Boas sente-se bem em Marselha, depois de ter qualificado a equipa francesa para a Liga dos Campeões, mas reafirmou a ambição de ser presidente do FC Porto. O técnico revelou ainda que gostava de liderar uma selecção no Mundial 2022.

“A minha ambição de carreira sempre foi curta, para treinador de futebol. Comecei em 2009 com a meta de acabar em 2023, 2024. [O futuro] depende um bocado das circunstâncias. Onde estiver, como estiver e o que estiver a acontecer. Neste momento, sinto-me bem em Marselha”, disse o técnico.

O ex-treinador de Académica, FC Porto, Chelsea, Tottenham, Zenit e Shanghai SIPG falou aos jornalistas portugueses durante o primeiro estágio de pré-época dos franceses, cumprido no Algarve, num empreendimento turístico de Almancil, no concelho de Loulé.

Apesar da saída dos dirigentes Andoni Zubizarreta e Albert Valentin, dois “grandes amigos” e responsáveis pela sua contratação, Villas-Boas garante que as coisas “estão mais calmas e a funcionar bem”, mesmo com o emblema de Marselha submetido ao “fair-play” financeiro imposto pela UEFA.

Com um ano de contrato para cumprir em Marselha, onde se sente “muito bem com este grupo de jogadores”, reafirma, André Villas-Boas sente que terá de cumprir “mais uns desafios” na carreira.

“É um bocado impossível de ditar os próximos passos, se bem que eu gostaria ainda de treinar uma selecção e disputar um Mundial. Resta talvez esse cenário de 2022, no Mundial do Qatar”, sustenta.

Sobre a possibilidade de se candidatar à presidência do FC Porto, o treinador ressalva que “comandar o clube do coração” será continua a ser uma das suas “grandes ambições": “Vamos ver o que acontece, mas há muitas implicações. Essa é uma das grandes ambições, comandar o clube do meu coração, pelo que espero que se concretize. Não sei se será um dos meus próximos objectivos, mas será sempre um de futuro”.

O treinador português André Villas-Boas considera que a conclusão antecipada da liga francesa de futebol por imposição do Governo, devido à pandemia de covid-19, foi uma “boa decisão”.

“Tendo em conta o que se vê em toda a Europa - com o cansaço acumulado, o excesso de competição num período de tempo curto e, de certa forma, jogos nem sempre bem jogados -, foi uma boa decisão. Acabámos por terminar na segunda posição com o mérito de uma época bem conseguida e em que nos mostrámos fortes”, afirma o técnico.

Para esta época, em que o Marselha já garantiu o concurso de Pape Gueye, ex-Le Havre, e espera contratar mais três jogadores para fechar o plantel, o objectivo continua a ser o mesmo, a qualificação directa para a Liga dos Campeões, esperando mais luta de Mónaco e Lyon no campeonato.

Durante o estágio do Marselha no Algarve, com os jogadores há três meses sem treinos ou competição, o técnico misturou treinos diários com actividades de lazer para unir o grupo, como concursos de culinária, torneios de padel e umas competições de bicicleta.

“Optámos por oito semanas de pré-época, quando normalmente uma pré-época são cinco semanas e dois dias, ou seis semanas”, explica o treinador, sobre o regresso condicionado pela pandemia.

As primeiras duas semanas, no Algarve, “foi um pouco como regressar à acção, regressar aos gestos técnicos, à repetição dos exercícios que fazem parte do modelo de jogo, da forma de treinar” e, acrescentou, “sem qualquer excesso em termos de exigência aos jogadores”, uma vez que esse patamar competitivo só será elevado nas próximas semanas de preparação.

O Marselha estreia-se no campeonato em casa, diante do Saint-Etienne, em 22 de Agosto, e à terceira jornada desloca-se ao recinto do campeão PSG (12 de Setembro).

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