CDS exige referendo à construção de bairro social em Paredes

Câmara disse não pretender prestar declarações sobre “um conjunto de barbaridades sem adesão à realidade”.

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Francisco Romao Pereira

O CDS/Paredes exige a realização de um referendo sobre a construção de um bairro social, prevista pela câmara socialista, por discordar da sua localização, numa das entradas da cidade.

“O CDS tudo fará para ver escrutinada a decisão da autarquia em defesa de todos os cidadãos e dos seus direitos”, assinala Miguel Garcez, líder concelhio, numa posição escrita enviada esta quinta-feira à agência Lusa.

A matéria foi apreciada na última assembleia municipal que aprovou a Estratégia Local de Habitação Social, documento que prevê, entre outros pontos, a construção pela câmara de um novo complexo, com habitações a custos controlados, num terreno adquirido pelo município onde se encontram, há décadas, barracas habitadas por dezenas de pessoas. Esses munícipes, segundo a autarquia, serão alojados no novo complexo habitacional.

O CDS considera, porém, que “o modelo encontrado de concentração de pobreza, como se de um gueto se tratasse, é antidemocrático, injusto e prejudicial de toda a comunidade vítima desta intervenção e desqualifica a sede do concelho enquanto espaço inclusivo e transversal”.

Para Miguel Garcez, a decisão camarária “não ouve as instituições representativas dos cidadãos, nomeadamente a assembleia de freguesia” e os “moradores do Bairro do Sonho, contíguo aos terrenos em causa”.

O partido adianta que “lutará até ao limite das suas capacidades pela defesa dos seus valores e tudo fará para que esta ignomínia, agora tentada pelo executivo do PS com a abstenção cúmplice do PSD contra o concelho de Paredes não resulte em mais um retrocesso do concelho”.

Contactada pela Lusa, fonte da câmara disse não pretender prestar declarações sobre “um conjunto de barbaridades sem adesão à realidade”.

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