Benfica fez o mínimo para evitar a festa do FC Porto

“Encarnados” desperdiçam vantagem, empatam com o Famalicão e ficam a oito pontos da liderança.

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Momento do jogo entre o Famalicão e o Benfica LUSA/HUGO DELGADO

Há muito que o Benfica deixou de ter o controlo do seu próprio destino no que ao título diz respeito e tudo o que pode fazer é adiar um desfecho que parece inevitável: o 29.º título do FC Porto. Em Famalicão, terra de uma das melhores equipas do campeonato, o melhor que os “encarnados” conseguiram foi um empate, o mínimo para evitar a festa portista durante a viagem de regresso a Lisboa. Já são oito pontos de diferença para a liderança e as esperanças matemáticas reduzidas a quase nada.

Para haver mais um título “encarnado”, o Benfica precisaria de ganhar os seus três jogos (V. Guimarães, Desp. Aves e Sporting) e esperar que o FC Porto perdesse os seus três (Sporting, Moreirense e Sp. Braga), algo que não entra nas contas dos benfiquistas mais optimistas.

O melhor que o interino Nélson Veríssimo pode fazer agora é acabar o campeonato com dignidade e lembrar-se que ainda pode ganhar uma competição, a Taça de Portugal.

Veríssimo não terá tempo para deixar a sua marca na equipa e repetiu o “onze” que tinha dado a vitória na jornada anterior frente ao Boavista — e que também tinha sido o último “onze” de Bruno Lage. E os “encarnados” até pareciam estar acordados para o jogo desde o primeiro apito de Jorge Sousa, concentrados, pressionantes e com vontade de decidir cedo e bem, frente a um Famalicão com algumas opções iniciais discutíveis — incompreensível a aposta num jovem ponta-de-lança, Rubén del Campo, que ainda não tinha qualquer minuto na equipa sénior.

Na primeira parte, deu mais Benfica — mas não muito mais — que Famalicão e foi com justiça que a equipa de Veríssimo se colocou na frente do marcador aos 37’ — Cervi levou a bola pelo flanco fez o cruzamento, Seferovic fez o remate, Defendi defendeu e Pizzi, na recarga, não falhou.

O Famalicão parecia demasiado dependente das iniciativas de Fábio Martins e Pedro Gonçalves, mas sabia que podia fazer melhor.

E, na segunda parte, as coisas foram mudando lentamente. O Famalicão foi sendo cada vez mais o “Fama Show”, o Benfica foi-se entrincheirando na sua própria insegurança. À passagem da hora de jogo, os minhotos tomaram conta do encontro e carregaram à baliza de Vlachodimos.

Aos 72’, Fábio Martins levou a bola até à área e acertou na esquina da baliza. O Benfica não podia dizer que não estava avisado quando aos 86’, foi o mesmo Fábio Martins a fazer o cruzamento perfeito para Guga Rodrigues, um médio formado no Seixal, a fazer o golo do empate, a manter vivas as esperanças europeias dos minhotos.

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