Nelson Veríssimo “nem sabia” que o FC Porto jogava antes do Benfica

Treinador dos “encarnados” garante que só pensa em vencer os jogos que faltam e que a permanência no cargo depois da final da Taça não se coloca.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA / POOL

As atenções da equipa técnica do Benfica, liderada por Nelson Veríssimo, estão apenas viradas para “os quatro jogos que faltam” e para a final da Taça de Portugal de futebol. Foi esta a ideia defendida pelo treinador interino das “águias”, no lançamento do encontro com o Famalicão, respeitante à 31.ª jornada.

Nelson Veríssimo garantiu, a esse respeito, que por muito que os jornalistas presentes na conferência de imprensa pudessem “não acreditar”, “nem sabia” que o FC Porto entra em campo antes do Benfica e que não pensou na hipótese de permanecer no comando da equipa a médio prazo, por ser uma questão que “neste momento não faz sentido”.

“Foi-nos colocada a tarefa de orientar a equipa até à final da Taça [de Portugal] e o foco só tem de estar aí. Nós sabemos o que temos de fazer, o nosso objectivo é ganhar os quatro jogos que faltam e é com esse espírito que vamos para o jogo de amanhã [quinta-feira], independentemente do que possa acontecer”, sublinhou, no Seixal, o sucessor de Bruno Lage.

 A ideia foi repetida em várias intervenções do treinador, que o Benfica confirmou esta semana que ficará no comando da equipa até ao final da época, incluindo quando foi questionado sobre se Jorge Jesus seria uma boa solução para liderar os “encarnados” na próxima época ou se poderia vir a integrar a sua equipa técnica.

 "Percebo essa questão, porque tem-se vindo a colocar, mas isso não é uma área de intervenção que me diga respeito. Uma boa solução passa por ganhar o jogo de amanhã [quinta-feira]”, atalhou Nelson Veríssimo.

 Sempre com o “foco” na deslocação a Famalicão, o técnico negou que, em função do atraso de seis pontos em relação ao FC Porto, os próximos jogos sirvam essencialmente para preparar a final da Taça de Portugal e voltou a referir-se aos métodos da equipa técnica de Bruno Lage, com os quais se “identificava”, sem embargo de poder “criar outra dinâmica”.

“A linha de raciocínio será muito parecida, com uma dinâmica que possa ser implementada em função dos jogadores e do momento”, explicou Nelson Veríssimo, antes de falar de um adversário (Famalicão) que “tem uma forma de jogar de equipa grande”. “Gosta de ter a bola, de ocupar os espaços na amplitude máxima do campo e, em alguns momentos, pode desequilibrar-se, fruto desse posicionamento. Teremos de ser uma equipa muito organizada e competitiva, potenciar algumas virtudes e colmatar as lacunas que encontramos em alguns momentos do jogo”, analisou.

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