Mural de homenagem a Breonna Taylor vê-se do céu e dá voz a quem não a tem

Mural é a mais recente homenagem a Breonna Taylor, paramédica norte-americana de 26 anos morta a tiro, em casa, no Kentucky, por agentes à paisana. Jovens das comunidades locais e voluntários pintaram o seu retrato no chão de um campo de basquetebol em Annapolis, Maryland.

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Patrick Smith/Getty Images
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EPA/JIM LO SCALZO
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Um mural comunitário, que poderá ser visível do espaço através de imagens satélite, é a mais recente homenagem a Breonna Taylor. A paramédica norte-americana de 26 anos foi morta a tiro, em casa, no Kentucky, por agentes à paisana do Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville, a 13 de Março de 2020.

Quarenta voluntários, dez professores de artes e jovens das comunidades locais pintaram o retrato a grande escala no chão de um campo de basquetebol em Chambers Park, no bairro de Annapolis, Maryland, no fim-de-semana do feriado nacional do 4 de Julho, o Dia da Independência dos Estados Unidos. Na obra lê-se a frase “Black Lives Matter”.

O projecto, “que não quer ser uma distracção performativa da mudança concreta de políticas”, é da autoria da Future History Now, uma organização não-governamental, em parceria com o museu Banneker-Douglass e a Comissão de Maryland para a História e Cultura Afro-americana. “É uma forma de usar meios artísticos e pacíficos para expressar angústia, dando voz aos que precisam se der ouvidos e de ter a sua humanidade reconhecida”, lê-se, num texto de apresentação da obra, escrito pelo colectivo artístico que cria murais com jovens oriundos de comunidades desfavorecidas.

Um dos co-fundadores e dois professores da organização sediada em Annapolis, um bairro historicamente habitado por comunidade negras, tinham já assinado um mural que retrata George Floyd e inclui os nomes de outros americanos negros mortos pela polícia

​Breonna Taylor, de 26 anos, e o namorado, Kenneth Walker, de 27 anos, estavam a dormir quando três polícias à paisana invadiram a casa do casal, com um mandado de busca que não exige bater à porta ou assinalar a sua presença, à procura de uma pessoa suspeita de tráfico de drogas. Não foi encontrado qualquer tipo de droga ilegal no apartamento. Um dos agentes envolvidos no tiroteio foi despedido em Junho, noticiam os meios de comunicação norte-americanos. O FBI está a investigar a morte da paramédica. 

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