Cartas ao director

Acordo ortográfico

O leitor Francisco Seixas da Costa (FSC) manifesta incómodo e irritação – só assim se explica a disparatada analogia com uma sinistra organização de má memória – com as crónicas do jornalista Nuno Pacheco sobre o AO90. FSC ignora – ou finge ignorar – que o citado “acordo” é ilegítimo e como escreveu Sophia “é feito de transigência”, pois, é do domínio comum, troca a língua portuguesa por interesses económicos.

Mas muito mais importante, dadas as consequências futuras, se FSC fosse pedagogo, arrepiava-se com as alterações na pronúncia, devido à destruição na modulação das vogais, que as nossas crianças expressam, argumentando elas que apenas estão a ler o que lá está...

Não, a redacção do jornal não está sozinha, antes pelo contrário, além disso, como disse o poeta, “há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não”.

Alberto Eleutério Diniz, Figueira da Foz

Máscaras

Estar duas horas numa sala de espectáculos com máscara, dificulta a oxigenação e causa mal-estar. Deve ser substituído por afastamento social. Depois de sentados em lugares devidamente afastados, os espectadores devem poder tirar as máscaras e respirar livremente. As salas de espectáculos devem anunciar o fim da máscara permanente. Eu não voltarei a nenhum espectáculo para estar com máscara permanente obrigatória. Deixem-nos respirar.

A. Carvalho, Lisboa

Diz alguma coisa de direita

Rui Rio pensa que está onde? Alguém que lhe diga que ele está na AR a representar o maior partido da oposição. É que ele já deu o braço ao primeiro-ministro quando foi do estado de emergência (ao dizer que seria antipatriótico se não o fizesse), não quer mais confrontos quinzenais no Parlamento com o governo e os outros partidos, deixou passar o orçamento suplementar sem grandes alaridos, e agora diz que a escolha de Francisco Assis para liderar o CES é uma escolha feliz. Tenho que vir eu, um cidadão tendencialmente mais à esquerda, pedir que haja uma direita moderada que faça oposição ao governo? Nunca pensei! A juntar-se a isto temos o primeiro-ministro do PS a nomear um indivíduo do PSD para concorrer a Presidente da República! O Regime do bloco central já nem disfarça. Depois admirem-se como é que uma pessoa fica como terceiro partido nas sondagens. Neste país é muito fácil um populista chegar ao poder. O próprio regime chamado democrático, ajuda-o!

Cláudio Filipe Borges, Lisboa

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