CDS defende obrigação de divulgar empregabilidade real e alojamento para ensino superior

Francisco Rodrigues dos Santos quer dar liberdade às famílias para escolherem entre o regime presencial ou à distância no regresso às aulas.

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Francisco Rodrigues dos Santos visitou a escola D. Maria II em Braga LUSA/HUGO DELGADO

O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, propôs que o Estado tenha a obrigação de divulgar informação sobre a taxa de empregabilidade real, alojamento e transportes associados às instituições do ensino superior para permitir aos candidatos escolherem o seu curso “em liberdade”.

No dia em que se iniciou a realização de exames de acesso ao ensino superior, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu o estabelecimento de uma espécie de um contrato de transparência entre o Estado e os estudantes.

“As oportunidades devem ser avaliadas de acordo com a realidade. O Estado e as instituições do ensino superior têm a obrigação de celebrar este contrato de transparência com os estudantes portugueses, facultando dados como o custo médio de vida da cidade e a taxa de empregabilidade real de cada curso para que os nossos jovens decidir em liberdade”, sustentou. Essa informação deve abranger também a oferta de alojamento e a rede de transportes da área em que se situa a instituição, de acordo com a proposta centrista, que retoma uma ideia já defendida anteriormente pelo partido.

A proposta foi apresentada à margem de uma visita à escola D. Maria II, em Braga, onde Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou para defender a liberdade das famílias na escolha sobre a forma como os filhos como vão assistir às aulas no regresso em Setembro face à “incerteza” e ao “receio” gerado pela pandemia. “Caberá às famílias escolher se o seu educando volta fisicamente à escola ou se o fará via digital”, sustentou, defendendo que, se de todo não for possível o regime presencial por motivos de saúde pública, as aulas têm de recomeçar à distância.

Nesse sentido, o CDS exige que o Ministério da Educação garanta um computador aos alunos mais carenciados desde “o primeiro dia de aulas”. Por outro lado, Francisco Rodrigues dos Santos reintroduziu a proposta de liberdade de escolha do estabelecimento de ensino no contexto da pandemia além de defender o aumento da oferta de transportes para manter a distância de segurança. Para evitar “grandes aglomerados de alunos” nas escolas, o CDS defende que sejam celebrados protocolos de parceria com instituições do ensino particular e cooperativo, o que permitiria alargar a rede pública e uma maior liberdade de escolha por parte dos pais. “Deve haver liberdade de escolha do estabelecimento de ensino, para que o sucesso não seja determinado pelo código postal”, disse.

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