Quase cem praias lotadas. “As pessoas têm acatado as recomendações”

Antes de escolher um areal, o banhista pode consultar a aplicação móvel “Info Praia” para saber o seu estado de ocupação. Este domingo, pelas 17h00 cerca de cem praias ainda exibiam bandeira vermelha.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM
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Com as temperaturas a atingirem valores elevados em todo o território continental este domingo, ficaram com lotação esgotada areais de Norte a Sul do país. A Autoridade Marítima lembra que faz parte dos deveres gerais dos banhistas evitar praias com ocupação elevada ou plena.

No site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o mapa de Portugal continental só tinha duas cores: laranja (muito quente) e amarelo (quente). Para esta segunda-feira, prevê-se igual padrão. E intensificação das temperaturas nas ilhas, que este domingo apareciam todas pintadas a verde – o Sul da Madeira passará a amarelo.

A aplicação móvel “Info Praia”, desenvolvida pela Agência Portuguesa do Ambiente para disponibilizar informação actualizada sobre a afluência às praias, ia dando uma ideia do cenário. À medida que o sol subia, mais saíam do verde (ocupação baixa, que corresponde a uma utilização até um terço), passavam pelo amarelo (ocupação elevada, que corresponde a uma utilização entre um terço e dois terços) e alcançavam o vermelho (ocupação plena). Pelos 17h, eram quase cem.

Estamos em plena época balnear”, lembra a comandante Nádia Rijo, do Gabinete de Imagem e Relações Públicas da Autoridade Marítima. Faz parte dos deveres gerais dos banhistas evitar praias com afluência elevada ou plena. Todavia, ninguém os impede de entrar nas praias com bandeira vermelha. As autoridades “procuram apenas sensibilizar” para a importância de cumprir as medidas de prevenção e controlo da transmissão da Covid-19. “As pessoas têm acatado as recomendações”, afiança. “Não temos registo de ocorrências de desrespeito.”

Recorde-se que a Direcção-Geral de Saúde recomenda que se mantenha uma distância física de segurança de um metro e meio a dois metros entre tolhas de pessoas que não pertençam ao mesmo grupo. No caso de chapéus-de-sol ou outros sistemas de sombra, incluindo colmos e barracas, a distância mínima deverá ser de três metros. 

Passeando por algumas das praias que atingiram o vermelho percebia-se como as situações podiam ser diversas. Pegue-se no exemplo do Porto. Tinha uma bandeira vermelha hasteada na Praia dos Ingleses e outra na Praia de Gondarém (entre ambas, a Praia da Luz, a verde).

Diogo Santos, nadador-salvador na Praia dos Ingleses, hasteou a bandeira logo de manhã: “Isto já estava a ficar com muita gente. Hoje é domingo. Ia vir mais gente.” Embora não impedisse ninguém de entrar, avisava-as. No pico do calor das 15h, achava que tinha conseguido manter a lotação máxima de 200 pessoas. Muito abaixo do que já vira por ali em anos anteriores. “No ano passado, a praia ficava completamente cheia. Nalgumas zonas, não se podia passar.”

João Menezes, nadador-salvador na Praia de Gondarém, também agiu logo. “Por volta das 11h começou a vir mais gente. Com a maré a subir até às 16h20, 50/60 pessoas é vermelho.” Apesar do calor, também não comparava a afluência com anos anteriores. “As pessoas têm um certo receio.” E isso, de certo modo, é um alívio. “Não temos autoridade. A única coisa que podemos fazer é apelar ao bom senso das pessoas para cumprirem as distâncias.”

Em caso de necessidade, podem recorrer à Autoridade Marítima. O dispositivo foi reforçado, como lembra Nádia Rijo. Na madrugada de sábado, a Polícia Marítima teve de intervir na Arrábida. Havia vários grupos de jovens à volta de fogueiras. Além de excederem o número recomendado, estavam a consumir bebidas alcoólicas na via pública, debaixo de arribas. Também esses acataram as recomendações das autoridades e dispersaram

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