Dominado incêndio em Pampilhosa da Serra

O incêndio deflagrou pouco depois das 13h00. Foi dado como dominado às 22h19.

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Foi emitido aviso à população para o perigo de incêndio rural nos próximos dias, devido às elevadas temperaturas e baixa humidade Paulo Pimenta (arquivo)

O incêndio que deflagrou este sábado em Janeiro de Baixo, Pampilhosa da Serra (Coimbra), foi dado como dominado às 22h19. “O incêndio está dominado”, confirmou o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Coimbra, Carlos Luís Tavares, à Lusa acrescentando que estão a decorrer os “trabalhos de consolidação de todo o perímetro”.

Ainda é cedo para aferir quantos hectares arderam, explica Luís Tavares.

 O combate às chamas, que chegou a ter duas frentes activas, reuniu mais de 550 bombeiros, apoiados por 150 veículos, de acordo com a informação disponível na página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC).

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, o incêndio deflagrou pouco depois das 13h00. Não se sabe o que terá originado as chamas.

Durante a tarde o presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José Brito, disse à agência Lusa que o combate ao fogo “está ainda muito complicado”, uma vez que o vento “está a levantar-se com grande intensidade”. O incêndio deflagrou numa área “densamente povoada de pinheiro”, prosseguiu o autarca, acrescentando que “é mais uma perda enorme para o concelho”, mas “não há povoações em perigo”.

O Comando Territorial da GNR de Coimbra explicou que o troço da estrada municipal 546 entre Janeiro de Baixo e Janeiro de Cima está cortado devido ao fogo.

Bombeiros anteciparam “noite longa"

Em declarações aos jornalistas, no terreno, o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Coimbra, Carlos Luís Tavares, explicou ainda  que havia “duas frentes activas”, cada uma com “cerca de dois quilómetros” de extensão. Carlos Luís Tavares acrescentou que “o vento é muito forte, é muito inconstante, o declive é acentuado” e, por isso, antevê um “combate difícil” ao fogo e uma “noite longa de trabalho”.

A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) emitiu na sexta-feira um aviso à população para o perigo de incêndio rural nos próximos dias, devido às elevadas temperaturas previstas e à baixa humidade.

Em comunicado divulgado na sexta-feira à tarde, a ANEPC refere que, “de acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se um agravamento das condições meteorológicas favoráveis ao incremento do risco de incêndio, devido ao tempo quente e seco”.

A ANEPC destaca que a humidade relativa do ar será inferior a 30% no interior e no Algarve durante a tarde e em geral com fraca recuperação nocturna.

Quanto à temperatura máxima, estão previstos valores acima de 30°C na generalidade do território, “podendo rondar os 40°C no interior no domingo e segunda-feira, com possibilidade de ocorrerem noites tropicais no interior e no Algarve a partir de domingo”.

Face a estas previsões, é proibido fazer queimadas extensivas sem autorização, fazer queima de amontoados, utilizar fogareiros ou grelhadores em todo o espaço rural, salvo se usados fora de zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito, fumar ou fazer lume nos espaços florestais, lançar balões de mecha acesa e foguetes, usar motorroçadoras (excepto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores nos dias de risco máximo e obrigatório usar dispositivos de retenção de faíscas e de tapa-chamas nos tubos de escape e chaminés das máquinas de combustão interna e externa nos veículos de transporte pesados e um ou dois extintores de 6 quilogramas, consoante o peso máximo seja inferior ou superior a 10 toneladas.

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