Sissoco Embaló reintegrou no Governo os cinco ministros exonerados no domingo

Os ministros regressaram temporariamente à condição de dpeutados para garantir o quórum da sessão no parlamento que aprovou Governo de Nuno Nabiam.

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Umaro Sissoco Embaló RODRIGO ANTUNES/Lusa

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, voltou a nomear por decreto para o Governo os cinco ministros exonerados no domingo passado, a pedido do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Foram reintegrados no Governo: Abel da Silva Gomes, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural; Botché Candé, ministro do Interior; Victor Mandinga, ministro da Economia, Plano e Integração Regional; Jorge Malú, ministro dos Recursos Naturais e Energia, e Sandji Fati, ministro da Defesa e Combatentes da Liberdade da Pátria.

Os cinco ministros assumiram no dia seguinte à exoneração, segunda-feira, os seus lugares de deputados na abertura da sessão plenária, garantindo o quórum que culminou com a aprovação do programa de Governo de Nuno Nabiam.

Sandji Fati, Victor Mandinga e Abel da Silva Gomes foram eleitos deputados pelo Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (Madem-G15) e integraram o Governo nomeado por Umaro Sissoco Embaló, após ter tomado posse como Presidente do país e demitido o executivo chefiado por Aristides Gomes (PAIGC, vencedor das legislativas de Março de 2019).

Jorge Malú e Botché Candé são deputados eleitos pelo Partido de Renovação Social nas últimas legislativas.

O parlamento da Guiné-Bissau reuniu-se segunda-feira passada para discutir a situação política do país e definir que tem a maioria parlamentar. O programa do Governo de Nuno Nabiam, que não estava na ordem do dia, acabou por ser incluído, discutido e aprovado, depois de cinco deputados do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) terem viabilizado não só a sessão plenária, como votado a favor do programa.

O PAIGC venceu as legislativas de Março de 2019 sem maioria e fez um acordo parlamentar com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, conseguindo 54 dos 102 lugares no parlamento.

Logo no início da legislatura, o líder da APU-PDGB, Nuno Nabiam, incompatibilizou-se com o PAIGC e aliou-se ao Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), segunda força política do país, com 27 deputados, e Partido da Renovação Social, que elegeu 21 deputados.

Apesar da nova aliança, quatro dos cinco deputados da APU-PDGB mantiveram a sua lealdade ao acordo de incidência parlamentar assinado com o PAIGC.

Os restantes deputados do PAIGC regressaram ao parlamento na quarta-feira para anunciar que o partido vai entrar com uma impugnação judicial à aprovação do programa de Governo de Nabiam, alegando “violações grotescas” ao regimento da Assembleia Nacional Popular.

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