Morreu “Seninho”, extremo veloz do FC Porto na década de 1970

Antigo jogador tinha 71 anos. Terminou a carreira nos EUA, depois de um célebre jogo em Old Trafford, para a Taça das Taças.

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O FC Porto despediu-se neste sábado de um jogador que se destacou no clube na década de 1970. “Seninho” morreu aos 71 anos, no Hospital de São João, no Porto, deixando para trás um percurso com 150 jogos de azul e branco e uma passagem pelos EUA.

Arsénio Rodrigues Jardim, “Seninho” no mundo do futebol, nasceu em Angola e acabou por vestir a camisola da selecção portuguesa em quatro ocasiões. Era um extremo veloz, habilidoso e que se destacou, a nível internacional, numa eliminatória da extinta Taça das Taças, em que o FC Porto eliminou o Manchester United, em Old Trafford.

Nesse encontro em Inglaterra, na época de 1977-78, o luso-angolano apontou os dois golos do FC Porto, numa derrota por 5-2. Ainda assim, a equipa portuguesa seguiu em frente na prova, já que tinha vencido em casa, na primeira mão, por 4-0.

Na manhã que se seguiu a esse encontro, foi contactado pelos representantes do Cosmos, clube norte-americano que representaria entre 1977 e 1982. “Colocaram uma proposta fabulosa à minha frente. Meio milhão de dólares (o que era 20 mil contos nessa altura) e um contrato para três anos. Era mesmo muito dinheiro para aquela época e aceitei de imediato, mas também avisei que tinha uma entidade patronal que tinha o direito de opção sobre o meu passe e que teria primeiro de falar com o FC Porto. Tive algumas dificuldades em sair do FC Porto, mas a situação acabou por se resolver”, contou ao jornal Record. em 2004.

Durante esse período nos EUA, “Seninho” chegou a conviver com alguns dos grandes jogadores dessa geração, que no ocaso das carreiras se deixaram seduzir pelas propostas do Cosmos. Foram os casos de Franz Beckenbauer, Carlos Alberto ou Johan Neeskens. O português, de resto, chegou ao clube no ano seguinte à saída de outro ícone global: Pelé.

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