O Festival de Teatro Fazer a Festa

Os espectáculos decorrem ao domingo e são de acesso gratuito, com marcação prévia.

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Nelson Garrido

O Festival de Teatro para a Infância e Juventude “Fazer a Festa” irá este ano, em que celebra a sua 39ª edição, a decorrer decorrerá ao ar livre, nos Jardins da Quinta da Caverneira, em Águas Santas/Maia, entre 10 e 19 de Julho. Esta é uma iniciativa do Teatro Art’Imagem em parceria coma Câmara Municipal da Maia.

Inicialmente programado para finais de Abril, o “Fazer a Festa” foi adiado devido à pandemia da covid-19. Segundo o director artístico do Teatro Art’Imagem, José Leitão, a edição de 2020 foi “reagendada em tempo recorde e condições adversas, foi revista e teve de se sujeitar aos condicionamentos que o tempo, as precauções e a segurança sanitária obrigam”. Os espectáculos decorrem ao domingo e são de acesso gratuito, com marcação prévia.

São cinco as companhias a apresentar espectáculos. Incluem-se o Pé de Vento, com direcção de João Luiz a partir de um texto de Álvaro Magalhães, com pequenas histórias “tratadas em divertidas prestidigitações verbais e que desafiam os espectadores”, diz o comunicado da organização. O grupo Chão d’Oliva, de Sintra, apresenta o conto “O Rei Vai Nu”, de Hans Christian Andersen, com encenação de Nuno Correia Pinto. Estarão também presentes as companhias Te-Ato, de Leiria, com “O Fio da Linha do Horizonte”, e a galega Elefante Elegante, com “Lobo Bobo”, de Gonçalo Guerreiro, que “nos vai revelar o que acontece quando a madrasta da Branca de Neve se converte num dos três porquinhos olhando-se no seu espelho mágico”. O próprio Teatro Art’Imagem fará leituras expressivas de um espectáculo de Roberto Merino de 2003 intitulado “Histórias de Pássaros”, um olhar sobre contos sul-americanos dos tempos pré-colombianos, de contos da Índia sobre “rituais humanos de sacrifício de aves” e de um conto, “O Menino Pássaro”, de Anabela Mimoso.

Além destes espectáculos, o “Fazer a Festa” contará com uma tertúlia no dia de abertura sobre “O Teatro para a Infância e Juventude em tempos de Covid-19. Que fazer?”. Irá reunir cerca de 20 profissionais da área, como autores, actores e directores de companhias. O dia de abertura também inclui uma exposição, “Um Percurso de Teatro Singular”, bem como uma homenagem “à companhia de teatro portuense Pé de Vento e ao seu director e fundador João Luiz, que “fizeram do teatro para os mais novos […] uma artística e bem-sucedida carreira, dando a conhecer os grandes cultores da língua portuguesa, nomeadamente as obras do poeta Manuel António Pina”.

No dia de encerramento, será lançado os “Novos Cadernos Fazer a Festa”, revista que “documenta as actividades realizadas no Festival de 2019”, incluindo as intervenções do debate desse ano, críticas aos espectáculos e um texto ao homenageado dessa edição, o encenador José Caldas.

No último dia, também ocorrerão o encontro “Último Acto”, no qual críticos falam sobre as peças apresentadas “em presença do público e dos seus criadores”, “Vozes do Público” (conversas dinâmicas com os espectadores no final de cada apresentação), e o “Assim se Fazem as Coisas”, encontro em que seis profissionais da área “nos dão a conhecer os seus trajectos, do que estão a fazer e seus futuros projectos”.

Texto editado por Ana Fernandes
 

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