Uber Eats lança versão virtual do Bairro do Avillez

Depois de ter encerrado seis dos seus restaurantes devido ao impacto da pandemia, o chef José Avillez aposta agora numa nova vertente, abrindo as portas do Bairro do Avillez à aplicação.

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José Avillez conquistou duas estrelas Michelin para o Belcanto, em Lisboa Rui Gaudêncio

Após ter estado quase três meses fechado, o Bairro do Avillez, em Lisboa, reabriu as suas portas em Junho e, no final do mês, anunciou uma parceria com a Uber Eats. A partir desta semana vai ser possível experimentar da pizza familiar à famosa moqueca de peixe e camarão com arroz branco ou os “cornetto” de atum picante. As refeições chegam a casa numa embalagem ecológica feita de papel reciclado. Mas há mais: o chef que tem duas estrelas Michelin, seleccionou uma playlist, no Spotify, para ouvir em casa. Esta parceria surge depois de Avillez ter fechado seis restaurantes e ter tentado combater a quarentena com um serviço de take-away, admite.

Para já, este serviço fica apenas por Lisboa, num curto raio de quatro quilómetros porque o chef do Belcanto não quer que os pratos percam demasiado a qualidade quando transportados até casa dos clientes. Avillez seleccionou os pratos mais icónicos do Bairro, mantendo o conceito tipicamente lisboeta da Taberna, do Páteo, do Mini Bar e da Pizzaria Lisboa.

Os preços variam dos 12 aos 65 euros. Entre outros, a selecção especial para entrega ao domicílio conta com alguns dos pratos com mais saída como as Azeitonas Explosivas, Amêijoas à Bulhão Pato, Moqueca de Peixe e Camarão com Arroz Branco e Pluma de Porco Alentejano com Arroz e Feijão Preto; uma variedade de pizzas, como a Graça, a Fado e a Santo António; sobremesas, como a Pavlova e o Caramelo Salgado ao Cubo; e ainda um prato exclusivo de Camarão Salteado com Molho Kimchi, apenas disponível através do Uber Eats, lê-se em comunicado.

Azeitonas Explosivas DR
Cornetto de atum picante DR
Pizza Graça DR
Pavlova DR
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Azeitonas Explosivas DR

A selecção é de Avillez que insiste, durante um almoço com jornalistas, que a maior preocupação foi a de manter a qualidade dos seus pratos e dá um exemplo: para a moqueca, os camarões são colocados praticamente no final da confecção do prato, de maneira a chegarem no ponto a casa do cliente. “Para nós, o desafio foi servir pratos que podem viajar e aplicar técnicas [culinárias] para que estejam no ponto quando chegam a casa. Mas as pessoas vão ter de perdoar sempre um bocadinho”, admite durante o almoço, revelando que além da playlist, uma vez por mês, poderá surpreender os clientes nas suas próprias casas, ou seja, o chef irá a casa de um cliente sorteado.

Apesar deste serviço, Mariana Ascensão, directora de comunicação da Uber em Portugal, diz que o ideal é que os clientes vão ao Bairro. “Queremos que venham ao restaurante”, diz. Ao que José Avillez, que quer que esta colaboração seja a “longo prazo”, acrescenta: “Queremos mostrar isto [a parceria com a Uber Eats] numa altura em que já estamos a funcionar. Esta é uma alternativa que não substitui a vinda ao restaurante.”

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José Avillez espera que a parceria com a Uber Eats seja a longo prazo DR

Além do Bairro do Avillez, a Uber Eats tem acordos com outros restaurantes de chefs mais conhecidos como é o caso do Savage, de Olivier, a Tasca da Esquina, de Vítor Sobral, ou o Prado, de António Galapito.

Texto editado por Bárbara Wong

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