Para Marcelo, deixar falir a TAP também não é cenário

Presidente da República diz que várias hipóteses estão em cima da mesa, mas defende a continuidade de uma companhia aérea portuguesa que garanta a coesão territorial e as ligações às comunidades portuguesas e aos países da CPLP.

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O Presidente quer que a TAP continue a ser uma companhia portuguesa, mas não fala de nacionalização LUSA/ESTELA SILVA

Marcelo Rebelo de Sousa não queria falar de cenários, mas acabou por admitir que a falência da TAP não é uma solução que seja considerada pelo Presidente da República, tal como não é para o Governo. “Não é, de facto”, disse, depois de sublinhar que as conversações em curso entre os accionistas privados e o Estado têm “vários cenários em cima da mesa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas à margem da homenagem ao fundador da CUF, em Lisboa, e embora não tenha querido falar de cenários possíveis para o futuro da Transportadora Aérea Nacional, como a nacionalização, deixou claro que o importante é que cumpra a sua missão em três vertentes.

“A TAP, enquanto companhia portuguesa, cumpre uma função fundamental nas ligações às regiões autónomas, às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e ao maior número possível de países de Língua Portuguesa”, sublinhou.

“Dentro desta ideia, o que possa ser a melhor solução é o que eu desejo que seja o resultado do processo em curso”, disse. E afastou de uma só vez dois cenários - a falência ou a venda integral da companhia a interesses estrangeiros: “O que interessa é que a solução que se encontre seja a melhor possível para continuarmos a ter uma TAP portuguesa, que prossiga o interesse de Portugal.

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