Bastidores dos palácios e parques de Sintra abrem a visitas exclusivas no Verão

As 12 “visitas aos bastidores” vão dar a conhecer espaços habitualmente “inacessíveis ao público” e “temas nunca abordados”. Inscrição limitada a dez pessoas por visita.

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O Palácio Nacional da Pena acolhe duas "visitas aos bastidores" PSML/Wilson Pereira

Alguma vez quis conhecer os “espaços mais recônditos” do Palácio Nacional de Sintra ou subir ao interior da cúpula da torre amarela do Palácio Nacional da Pena para ver as “preciosas reservas” lá guardadas? Este Verão, os monumentos geridos pela Parques de Sintra – Monte da Lua abrem para “visitas aos bastidores”. Promete-se dar a conhecer “espaços inacessíveis ao público e temas nunca abordados”.

Casa visita será guiada por um dos técnicos que trabalham em cada um dos monumentos e que habitualmente “se dedicam à investigação e aos projectos de recuperação e de conservação do património gerido pela empresa”. São especialistas em diferentes áreas, desde a engenharia à arquitectura ou arquitectura paisagista, passando pela museologia, arqueologia, biologia ou conservação e restauro.

O novo programa traz 12 visitas temáticas, com duração de duas horas, que se realizam de Julho a Setembro, ao sábado de manhã (das 10h às 12h). Para participar, é preciso fazer inscrição prévia, limitada a dez pessoas por visita. Custa 30€ por participante ou 60€ por família (dois adultos e duas crianças até aos 12 anos).

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As "visitas aos bastidores" vão dar a conhecer aposentos e espaços "recônditos" dos Palácio Nacional de Sintra Nuno Ferreira Santos

A nova aposta na programação arranca já este sábado, 4 de Julho, com uma “viagem aos espaços mais recônditos” do Palácio Nacional de Sintra, incluindo os aposentos mais resguardados e as antigas áreas privadas dos serviçais. Os aposentos da rainha D. Maria Pia no Paço de Sintra abrem ao público em Julho, com “uma nova museografia que reflecte uma parte da história do monumento”, e a visita seguinte (11 de Julho) dará a conhecer “um espaço fechado ao público” onde se guardam “alguns dos mais importantes e luxuosos serviços de mesa” da monarca. Já a 8 de Agosto, a visita “o tempo e o(s) paço(s)” procurará mostrar como a junção de diferentes casas e épocas deu origem ao que é hoje o Paço de Sintra.

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Para o Palácio da Pena estão agendadas duas visitas Miguel Manso

No Palácio Nacional da Pena decorrem duas “visitas aos bastidores”. A primeira, a 25 de Julho, sobe pela “estreita escada em caracol” que “percorre os vários andares do notável mecanismo de precisão dentro da Torre do Relógio”. A vista lá de cima, prometem, é “deslumbrante”. A 5 de Setembro, mostram-se as “preciosas reservas encerradas no interior da cúpula da torre amarela” do palácio, revelando peças habitualmente vedadas ao público e objectos “que nunca estiveram expostos”. No dia 19 de Setembro, está proposta uma caminhada pelos “labirintos subterrâneos” do parque da Pena, numa descoberta da rede de minas de água que percorre o interior da serra de Sintra.

Para o Palácio Nacional de Queluz está agendada uma visita “à mesa real” (12 de Setembro) e um passeio pelos jardins para descobrir os sistemas hidráulicos que “permitiram alimentar e animar” as diferentes fontes e espaços de água, incluindo uma subida “ao topo da grande cascata” (22 de Agosto). No Convento dos Capuchos, dar-se-á a conhecer “a complexidade de um dos processos de restauro mais sensíveis” da história da empresa (1 de Agosto) e a caminhada “o caminho das cruzes – nos passos dos peregrinos” tem por objectivo mostrar “a filosofia destes frades”, percorrendo o caminho que os peregrinos faziam até ao convento.

Castelo dos Mouros Miguel Manso
Convento dos Capuchos Rui Gaudêncio
Palácio Nacional de Queluz Bruno Lisita
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Castelo dos Mouros Miguel Manso

Já a visita ao Castelo dos Mouros será dedicada aos “vestígios da vida e da morte dos povos que se foram sucedendo nesta encosta da serra e como foram desvendados os seus segredos” (26 de Setembro), enquanto a caminhada agendada para 29 de Agosto atravessa a Tapada de Monserrate, num encontro com os diferentes habitats da serra, espécies raras e os esforços de conservação que estão a ser empreendidos nesta zona.

Para além das visitas marcadas para o Verão, o novo programa passa a integrar a oferta regular da Parques de Sintra, “podendo ser agendadas mediante marcação”.

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