Migração da TDT recomeça a 3 de Agosto com o emissor de Palmela

A Meo vai retomar a mudança de canais da televisão digital terrestre (TDT) que tinha sido interrompida em Março, prevendo-se que tudo esteja concluído a 12 de Dezembro.

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A televisão digital terrestre é usada em cerca de 500 mil lares que não têm serviços pagos PAULO PIMENTA

A Anacom anunciou esta segunda-feira que o processo de migração da rede de televisão digital terrestre (TDT) vai recomeçar no dia 3 de Agosto, depois da interrupção forçada pela pandemia. O primeiro emissor que a Meo, a operadora da TDT, irá alterar será o de Palmela, revelou a entidade reguladora das comunicações.

Esta mudança dos canais da TDT, que é necessária para libertar as frequências necessárias para a implementação da tecnologia 5G, implica a alteração de mais 180 emissores, prevendo-se que os trabalhos estejam concluídos a 12 de Dezembro.

Quando o processo foi suspenso, a 13 de Março, já tinham sido alterados 63 emissores, de um total de 243. A mudança está programada para acontecer de Sul para Norte e terminará nas Regiões Autónomascomeçou em Fevereiro em Sines e, no calendário inicial, deveria terminar a 30 de Junho.

A Anacom refere que a 3 de Agosto, quando for alterado o emissor de Palmela, “as pessoas que recebem o sinal de televisão através deste emissor ficarão com o ecrã da televisão a negro”.

Nesse momento bastará, segundo a entidade reguladora, “fazer a sintonia da televisão ou do descodificador de TDT” para se continuar a ver televisão gratuitamente, como até agora. Há pelo menos 500 mil lares (e mais de dois milhões de pessoas) que usam a TDT.

A Anacom sublinha que “é um processo simples” e que “teve a preocupação de assegurar que não será necessário substituir ou reorientar a antena, trocar a TV ou o descodificador”. E salienta que “ninguém terá de subscrever serviços de televisão paga”.

Ainda assim, faz a ressalva que os “condomínios/edifícios que tenham instalações com amplificadores mono-canal poderão ter que os substituir”.

Há um número gratuito de apoio ao processo (o 800 102 002, que já recebeu 21 mil chamadas) e a possibilidade de apoiar presencialmente as pessoas que tenham dificuldades com a mudança (a Anacom diz que já prestou auxílio em 1052 situações).

A ajuda será agendada e prestada “de forma gratuita” por técnicos “devidamente identificados”, frisa a entidade reguladora.

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