Golo de Mbemba faz o FC Porto disparar na liderança

“Dragões” venceram no estádio do Paços de Ferreira e estão agora a seis pontos do segundo classificado.

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LUSA/OCTAVIO PASSOS/POOL

O FC Porto venceu, finalmente, em Paços de Ferreira, e poderá ter dado um passo de gigante rumo a um título que parece cada vez mais real. Com o suplemento anímico de poderem deixar o Benfica a distantes seis pontos e assim encaminharem em definitivo a discussão da Liga - diferença que na prática traduz uma vantagem de sete pontos, quando ficam 15 em disputa -, os “dragões” foram directos ao assunto, na 29.ª jornada da prova. 

Num canto, sem aviso prévio, o FC Porto impôs a velha lei das bolas paradas para marcar, pela primeira vez desde 2014 (na Liga), um golo em território pacense. O tiro, fumegante, resultou de uma saída de Ricardo Ribeiro (traído pela trajectória) aproveitada pela bota de Mbemba, que se limitou a simplificar a fórmula de assalto com uma finalização simples, mas de vital importância para as aspirações portistas. 

Apesar do golpe, a frio, o Paços de Ferreira não se deixou desmoralizar nem abater, marcando presença, sempre que era oportuno, na área de Marchesín: João Amaral esteve, de resto, na iminência de marcar três minutos depois do golo portista, infiltrando-se entre Pepe e Alex Teles para, em desequilíbrio, desperdiçar um flagrante lance de golo.

A autoridade portista não era, por isso, um dado adquirido ou incontestável. Aliás, numa escorregadela de Pepe, quando tentava aliviar o perigo, a bola tocou na mão do central, provocando um momento de ansiedade, com o VAR a descartar qualquer infracção.

Com três alterações na equipa inicial - Manafá, Uribe e Danilo assumiram os lugares de Tomás Esteves, Sérgio Oliveira (suspenso) e Luis Díaz -, Conceição destacava Corona para a esquerda e confiava no poder da dupla de ataque Marega/Soares, ainda que fosse o mexicano a assumir-se como o elemento mais activo da companhia. 

Sem alterações relativamente ao jogo de Tondela, conforme prometido por Pepa, os “castores” mostravam os dentes sempre que tinham oportunidade. Mas a meia distância de Pedrinho não estava devidamente calibrada, pelo que o jogo se manteve repartido e sempre muito disputado até ao final da primeira parte. No regresso das cabinas, a dúvida foi-se instalando à medida que os minutos se esgotavam e o Paços de Ferreira mostrava ser capaz de manter o líder em sentido e em permanente alerta amarelo. 

Esse nervosismo afectou o desempenho dos portistas, que voltariam a ver o VAR descartar um lance de possível bola na mão de Manafá. A tensão apoderava-se das equipas e o jogo perdia com alguns despiques, mas ganhava em incerteza. Os pacenses acreditavam que podiam marcar e lançavam-se na procura de um ponto que pudesse ajudar a equipa a afastar-se da linha de descida. Nesse período de sofrimento “azul e branco”, destaque para algumas acções de Luiz Carlos, que esteve muito perto de igualar o encontro para o Paços de Ferreira. 

A noite caminhava para o fim, com as alterações a acalmarem um pouco um jogo que Luis Díaz, que rendeu Soares, não conseguiu resolver de vez, falhando de forma incrível na cara de Ricardo Ribeiro. Conceição protegia a vantagem com a entrada de Loum, prescindindo de Otávio, e resistiria muito graças a Marchesín.

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