O desenho de Diogo Jesus é uma aventura épica

Na Galeria Municipal do Porto, Apesar de não estar, estou muito reúne a produção artística de Diogo Jesus, dissolvendo fronteira entre as artes e dando a conhecer um universo gráfico, visual e musical, desencantado, mas vibrante e em que apetece mergulhar. Até 16 de Agosto.

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DINIS SANTOS

Monstros, super-heróis mutantes, artista precários e desiludidos. Personagens com os nomes de Rudolfo, Musclechoo, Nobita. Num desenho detalhado, obsessivo, pressuroso a explodir em folhas de papel, expandindo-se em fanzines, publicações independentes, antologias de histórias. Este é (em poucas palavras) o universo de Diogo Jesus, desenhador, músico, autor de BD, artista e agitador do underground mais boémio do Porto. Pois bem, sem a ameaça do mainstream, esse universo pode ser visto na sua amplitude visual e cronológica. De desenho a desenho, de obra a obra, de história a história, em Apesar de não estar, estou muito na Galeria Municipal do Porto, até 16 de Agosto, com a curadoria de João Ribas. Avise-se já que a experiência pode ser tão desopilante quanto esgotante. O sopro excessivo das bandas desenhadas, a profusão de desenhos, a música, com remoques ao noise e às suas mais desvairadas declinações, absorvem o visitante. Porventura terá sido uma sensação semelhante aquela que o ex-director do Museu de Serralves experimentou no primeiro contacto com o trabalho de Diogo Jesus.

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