Camisola assinada por Cristiano Ronaldo vai a leilão para ajudar mais desfavorecidos

A camisola autografada pelo futebolista será leiloada entre esta segunda-feira e o dia 6 de Julho, com as receitas a reverterem a favor do Fundo Emergência Abem Covid-19.

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O leilão termina a 6 de Julho Reuters/THILO SCHMUELGEN

Uma camisola da Juventus assinada pelo futebolista português Cristiano Ronaldo vai ser leiloada, a partir de hoje, para ajudar o Fundo Emergência Abem, que se destina a ajudar os que ficaram numa situação mais desfavorecida na sequência da pandemia de covid-19.

A camisola autografada pelo futebolista será leiloada entre esta segunda-feira e o dia 6 de Julho na plataforma digital eSolidar, informou, em comunicado, a Associação Dignitude, promotora da iniciativa. De momento, e com o leilão a decorrer há apenas algumas horas, a última licitação era de 400 euros.

Segundo a associação, que se destina “a dar acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde aos cidadãos que ficaram economicamente mais vulneráveis em consequência da actual pandemia”, “a mais alta [licitação] levará para casa uma camisola assinada pelo melhor jogador de futebol do mundo, ao mesmo tempo que permitirá levar saúde a quem mais precisa”.

O fundo de emergência conta já com a participação de 40 câmaras municipais, de juntas de freguesias, da Cáritas, de Misericórdias e de instituições particulares de solidariedade social (IPSS), responsáveis por referenciar os cidadãos em situação de carência socio-económica, apoiando-os no acesso aos medicamentos de que precisam para viver.

Pedidos de ajuda multiplicam-se

A Dignitude salienta que o número de participantes “duplicou em apenas um mês”, sendo “expectável que se verifique um crescimento exponencial de beneficiários nas próximas semanas, devido ao agravamento decorrente de situações de desemprego e situações de lay-off em empresas”.

Os cidadãos também podem fazer donativos para o fundo emergência, sendo a iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

Criada a 4 de Novembro de 2015, a Associação Dignitude, uma IPSS, tem por missão “o desenvolvimento de programas solidários de grande impacto social, que promovam a qualidade de vida e o bem-estar dos portugueses”.

A Dignitude tem como fundadores António Arnaut, António Ramalho Eanes, Francisco Carvalho Guerra, João Gonçalves da Silveira, João Cordeiro, Maria de Belém Roseira e Odette Santos Ferreira.

O Programa Abem: Rede Solidária do Medicamento tem como objectivo “permitir o acesso, de forma digna, aos medicamentos prescritos a quem não tem capacidade financeira para os adquirir, cobrindo, no receituário, o valor não comparticipado pelo Estado”. A nível nacional, o Programa já apoiou 14.812 beneficiários de 8164 famílias, dos quais 12% são crianças. Desde o seu início, em Maio de 2016, já foram adquiridas, ao abrigo do Abem 569.788 embalagens de medicamentos.

A avaliação de impacto social do projecto, segundo a metodologia Retorno Social do Investimento (SROI, na sigla inglesa), revela que o programa gerou nos dois primeiros anos um retorno social de 6,9 milhões de euros, mostrando que cada euro investido teve um impacto social valorizado em 7,8 euros.

Juventus jersey signed by Cristiano Ronaldo

Help access medication and take home a jersey signed by Cristiano Ronaldo! Associação Dignitude created the project Emergency abem: COVID19 to give access to medicine, products and health services to those who became economically vulnerable as a result of the COVID19 pandemic.This initiative already has dozens of partner entities such as City Councils, Parish Councils, Caritas, Misericórdias and IPSSs, that refer citizens in situations of socioeconomic need and helping them access the medication they need to live.Access to medicine is essential!

CR7, nome de unidade de cuidados intensivos

Desde o início do surto, o futebolista colocou-se ao serviço do combate à covid-19, em conjunto com o seu agente, o empresário Jorge Mendes. Ainda em Março, os dois doaram  ao Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte ​todo o equipamento necessário para a criação de duas novas unidades de cuidados intensivos: camas, ventiladores, monitores cardíacos, bombas e seringas infusoras — equipamento essencial na assistência ao doente crítico infectado com o coronavírus SARS-CoV-2. 

Terminado o combate ao novo coronavírus, as unidades, baptizadas com o nome dos dois, serão reconvertidas para reforçar a medicina intensiva, que contava anteriormente com 31 camas e aumentou, assim, a sua capacidade para 51 camas.

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