Em ritmo de treino, Man. City chega à mão cheia de golos

O City teve quase 70% de posse de bola, rematou seis vezes à baliza e fez cinco golos. Tudo isto de forma lenta, sem particular dificuldade e, sobretudo, com pouca oposição.

Foto
Jogadores do City festejam nesta segunda-feira Reuters/SHAUN BOTTERILL

O jogo foi lento, algo pachorrento, por vezes até a passo, e as jogadas de perigo foram criadas com circulação de bola ponderada e pensada. Mas o Manchester City não precisou de mais do que isto para aplicar uma mão cheia ao Burnley, nesta segunda-feira, na vitória por 5-0, em jogo da Liga inglesa.

Para o City, este jogo não era mais do que a possibilidade de regressar ao ritmo certo – uma espécie de pré-temporada –, após a suspensão das competições. Tendo começado o jogo a 23 pontos do líder Liverpool e 14 pontos acima de uma eventual queda para lugares de Liga Europa, a equipa de Guardiola já pouco quer da Liga inglesa 2019/20 e usará o que resta desta prova para preparar os quartos-de-final da Taça (dia 28) e as rondas finais da Liga dos Campeões (em Agosto).

E também por isto o técnico catalão só manteve três jogadores relativamente ao jogo anterior, frente ao Arsenal. Os portugueses Bernardo Silva e João Cancelo foram dois dos premiados com a entrada no “onze” e o médio pôde mesmo fazê-lo onde mais gosta: na zona central, como terceiro médio.

Frente a um Burnley ainda muito limitado fisicamente – e também confortável num campeonato cujo desfecho não lhe condicionará o futuro –, o City foi jogando como gosta. Com posse de bola muito ponderada, com passes curtos e com esporádicas tentativas de encontrar espaços. E esses espaços foram aparecendo, quase sem esforço.

Já depois de um remate de Bernardo, aos 18’, o City conseguiu, aos 22’, criar espaço para Foden rematar na zona central, em frente à área, para um bom golo. Confortável, o City ainda conseguiu mais dois golos na primeira parte. Aos 43’, Fernandinho descobriu Mahrez, que “torceu” duas vezes um adversário e rematou cruzado para outro bom golo. Aos 45+2’, um penálti descoberto pelo VAR permitiu ao argelino bisar.

Após 47 minutos de futebol, quatro remates à baliza e três golos o jogo estava resolvido.

Após o intervalo, a partida não mudou – nem seria suposto, com um City confortável neste futebol lento e um Burnley confrangedoramente impotente a nível físico. A partida acabou por só ter emoção aos 51’, quando Bernardo, lançado por Rodri, cruzou para uma finalização fácil de David Silva, e aos 63’, quando Foden coroou uma boa exibição com uma finalização fácil, ao segundo poste, com passe de Gabriel Jesus.

Descontando um bom lance de De Bruyne – lançado entretanto na partida –, nada mais se passou. O City teve quase 70% de posse de bola, rematou seis vezes à baliza e fez cinco golos. Tudo isto de forma lenta, sem particular dificuldade e, sobretudo, com pouca oposição.

Sugerir correcção