Quantas formas há de Apanhar o Sol? 43 artistas portugueses respondem

É um novo projecto do Teatro LU.CA para celebrar a chegada do Verão, sob a curadoria de Teresa Coutinho. O convite foi feito a 43 artistas nacionais e os conteúdos vão ser disponibilizados no dia 21 de Junho no site do teatro.

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Pode ser na praia, num banco de jardim, no terraço de casa ou em muitos outros sítios. Apanhar o Sol é um dos maiores prazeres do Verão e foi também o mote do desafio que a actriz Teresa Coutinho lançou a 43 artistas nacionais. A iniciativa é do Teatro Luís de Camões (LU.CA), um teatro municipal em Lisboa destinado a crianças e jovens. Os conteúdos vão ser disponibilizados no site do LU.CA no segundo dia de Verão, no domingo dia 21 de Junho.

“A ideia surge de uma vontade do LU.CA de fazer qualquer coisa para o online neste momento para estreitar os laços com o seu público, já que este não pode estar presente, mas também para se criar uma possibilidade de trabalhar com artistas neste contexto, apesar de estarmos numa situação inédita e difícil. O LU.CA tinha essa vontade, mas eu também estava interessada em fazer algo que respondesse ao momento presente e foi um encontro feliz”, conta a curadora do projecto, Teresa Coutinho, ao Público.

Passar uma mensagem positiva nestes tempos incertos é também uma das prioridades. “O Apanhar o Sol surgiu porque quis pensar numa coisa luminosa para as crianças e os adolescentes que estiveram este tempo todo em casa. Está a chegar o Verão que é também sinónimo de apanhar sol e por isso desafiamos artistas a inventar formas de o apanhar, estejamos nós a falar da exposição solar ou de apanhar mesmo o sol, com esta brincadeira polissémica. Achei que era um bom mote para inventarmos novas formas de nos relacionarmos com esta estação e de que estamos tanto a precisar neste momento”, afirma.

Nomes conhecidos do público, como Sara Tavares, Lula Pena ou João Villas-Boas, aceitaram o desafio, apresentando conteúdos originais e criados especificamente para o Apanhar o Sol. “O objectivo era chegar a muitos artistas, no sentido de criar um espaço de possibilidade e de esperança para continuarmos a produzir, apesar desta situação tão difícil temos passado nos últimos meses”, começa Teresa Coutinho. Há bastante diversidade artística, com a escolha de coreógrafos, bailarinos, artistas visuais, actores, músicos e realizadores ou figurinistas.

“Queríamos uma panóplia diversa de pessoas que estão em momentos diferentes da carreira e de pessoas que não costumam trabalhar para o teatro. Aquilo que eu achei interessante era todos terem de usar o seu telemóvel ou uma câmara para filmarem e fazerem um pequeno vídeo. Achei interessante desafiar pessoas que têm uma relação com o vídeo, mas também pessoas que provavelmente iriam olhar para esta relação com o vídeo de uma forma nada evidente, porque trabalham em coisas completamente diferentes. Acho que isso tudo está nestas pequenas obras”, conclui Teresa Coutinho.

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