Sou só eu que começo a ficar farto disto tudo?

Quem faz oposição? Quem vê o óbvio ululante? Ninguém. À nossa volta só há bola, ombros encolhidos e uma resignação revoltante. Isto vai acabar mal.

Portugal está cada vez mais parecido com um aristocrata falido que para camuflar a catástrofe das suas finanças aumenta o tamanho das festas. Ontem soube-se que Lisboa vai organizar a Final Eight da Liga dos Campeões. O Presidente da República já tinha avisado que estava para breve o anúncio de uma grande notícia para Portugal. Cá está ela: vamos acolher, segundo o Expresso, “a mais importante prova futebolística do planeta”. Claro que nenhuma das equipas é portuguesa, porque o nosso futebol está como o país, a perder competitividade de ano para ano, mas isso pouco importa – não somos os melhores a ser os melhores, mas somos os melhores a acolher os melhores dos melhores. Como diz Marcelo, várias vezes à semana, somos os melhores do mundo. Os melhores do planeta. Da galáxia. Do universo inteiro, desde o Big Bang.

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