Bolsonaro demite ministro da Educação que insultou juízes do Supremo

Decisão foi comunicada esta quinta-feira. Abraham Weintraub não comentou detalhes da decisão, mas adiantou que irá ocupar um lugar no Banco Mundial.

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Abraham Weintraub era ministro da Educação há mais de um ano Adriano Machado

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou esta quinta-feira o afastamento de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. A saída foi confirmada com um vídeo publicado no Twitter, em que o agora ex-ministro surge ao lado de Bolsonaro.

“Dessa vez é verdade”, começou Abraham Weintraub, que revelou um convite para ser director da representação brasileira no Banco Mundial, mas não discutiu os motivos que levaram ao seu afastamento.

Esta decisão foi tomada por Bolsonaro para suavizar tensões com a Câmara dos Deputados e com o Supremo Tribunal Federal, depois de a gravação da reunião ministerial de Abril revelada no contexto das investigações sobre a alegada interferência de Bolsonaro junto da Polícia Federal, ter mostrado o ex-ministro a chamar “vagabundos” aos juízes do Supremo, mostrando a intenção de os prender a todos. Este domingo, Abraham Weintraub participou numa manifestação pró-Bolsonaro em Brasília, acção que não caiu bem junto do Governo.

Weintraub tornou-se num dos expoentes da chamada “ala ideológica” do Governo que diz manter-se fiel ao ultraconservadorismo que ajudou a eleger Bolsonaro, mesmo sob pena de defender métodos radicais nessa tarefa. Por isso, o ministro tornou-se um crítico feroz das restantes instituições democráticas, como a Câmara dos Deputados e o STF, que afirma funcionarem apenas para sabotar o trabalho do Governo.

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