IPO de Lisboa: desde início da pandemia houve 72 casos positivos de covid-19

Surto está controlado, garante hospital. Nos últimos meses, covid-19 afectou 24 doentes, 34 profissionais de saúde e 14 prestadores externos

Foto
Rui Gaudencio

Sandra Gaspar, vogal do Conselho de Administração do IPO de Lisboa garantiu, numa conferência de imprensa, realizada esta quarta-feira, que o surto de covid-19, detectado no Serviço de Hematologia está controlado, mas lembrou que o IPO não está imune a que aconteça este tipo de casos.

“É um hospital aberto à comunidade, a maior parte dos tratamentos são feitos em ambulatório, e a infecção está na comunidade. O IPO não está imune e, por isso, temos um plano de contingência. Actuámos rapidamente, em conformidade, e temos a situação controlada", disse.

Segundo Sandra Gaspar, foram contabilizados até ao momento, incluindo o último surto, 72 casos positivos: 24 doentes, 34 profissionais de saúde e 14 prestadores externos.

Neste último surto, até à manhã desta quarta-feira, estavam infectados 12 doentes e oito profissionais de Saúde.

Foi no decorrer dos rastreios habituais que foram detectados, na segunda-feira, dois casos positivos de covid-19: um médico e um assistente operacional. De acordo com o protocolo instituído no IPO Lisboa, foram de imediato rastreados os profissionais do serviço de hematologia e todos os doentes internados, tendo-se confirmado a presença de infecção em mais seis profissionais e em 12 doentes.

A directora do Serviço de Hematologia Clínica, Maria Gomes da Silva, também vincou que é seguro para os doentes e que ninguém deve deixar de se deslocar ao IPO para fazer os seus tratamentos e consultas.

Maria Gomes da Silva garantiu que os doentes infectados estão todos internados em enfermaria, estáveis, e apenas um tem sintomas respiratórios. Já no que diz respeito aos profissionais de saúde, a maioria não tem sintomas.

Segundo a directora do Serviço de Hematologia, os doentes infectados têm idades entre 28 e os 79 anos.

Quanto à origem do foco de infecção, tanto Sandra Gaspar como Maria Gomes da Silva salientaram que ainda não foi possível apurar.  

A vogal do Conselho de Administração do IPO sublinhou que, na sequência dos dois casos positivos, "todos os doentes e profissionais" foram testados. Os testes abrangeram não só os doentes internados, como os que tiveram alta e estiveram em contacto com os profissionais de saúde infectados em ambulatório.

Sugerir correcção