As feiras de diversões vão poder voltar a abrir mas ainda não se sabe quando

Depois de uma manhã de protestos, a DGS reuniu-se com os dirigentes da associação dos profissionais itinerantes e concordou em permitir o regresso dos negócios de diversão. Data será anunciada “muito brevemente”.

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Daniel Rocha
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A Direcção-Geral da Saúde (DGS) aprovou esta terça-feira à tarde a proposta apresentada pela Associação Profissional dos Itinerantes Certificados (APIC), o que vai permitir aos negócios de diversões o regresso à actividade. A decisão surgiu depois de uma manhã de protesto, organizado pela associação recentemente criada, junto ao edifício da DGS na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa.

A manifestação contou com cerca de duas centenas de pessoas. A APIC chegou a acordo com a DGS por volta das 12h, contou ao PÚBLICO o sócio-fundador e presidente da associação, Luís Paulo Fernandes. O empresário mostrou satisfação pela resposta da DGS, “três semanas depois de ser apresentado o protocolo e de manifestações”.

Estava marcado um protesto para as 15h que começaria no Turismo de Portugal e continuaria pelas principais artérias de Lisboa mas acabou por ser cancelado depois de o acordo ter sido assinado. “Demos um prazo de uma hora antes da manifestação. A DGS chamou-nos, concordámos em mudar alguns detalhes, como a idade a partir da qual as crianças devem usar máscaras, mas concordaram connosco e assinaram à nossa frente”, contou.

Luís Paulo Fernandes afirmou que as autoridades de saúde não deram uma data específica para os negócios de diversão serem retomados, mas garantiram que seria “muito brevemente”.

Os camiões que iriam desfilar às 19h continuam pelas ruas mas apenas por questões de segurança. “Não podemos tirar todos os camiões de 40 e 50 toneladas que vieram até aqui e metê-los no trânsito. Estamos à espera das 19h para sair de forma ordeira, acompanhados pelas autoridades”, apontou o presidente da APIC.

Os trabalhadores itinerantes queixavam-se de “discriminação” por parte das autoridades de saúde, que não tinham dado luz verde para os negócios de diversão ao ar livre voltarem a abrir, em contraste com os centros comerciais, que já abriram, e os carrosséis insufláveis dentro de parques fechados, que também já retomaram a sua actividade.

A APIC pedia mais apoios para estes trabalhadores, nomeadamente a isenção do Imposto Único de Circulação (IUC) dos veículos, que circulam apenas durante as festas. Os empresários predispunham-se também a abrir com lotação limitada e a obedecer a todas as normas de higiene que a DGS pudesse aplicar.

Em entrevista à Lusa, antes da reunião com a DGS, Luís Fernandes afirmava ser “uma vergonha para o Governo” que não houvesse uma resposta passados 25 dias. “Não vamos embora sem resolver o nosso assunto. Temos as câmaras municipais prontas para nos auxiliar, a DGS recebeu o nosso protocolo sanitário em 4 de Junho mas não disse nada”.

Com santos populares, festivais de música, romarias e outras festividades canceladas, a situação passou a ser desesperante para muitas das empresas do ramo, que são sobretudo microempresas familiares e cujo trabalho é sazonal.

Caso passassem o Verão sem trabalhar, os trabalhadores itinerantes arriscavam-se a ano e meio de inactividade, já que o principal pico de actividade é no Verão e o Inverno é passado a reparar as estruturas e a adquirir novas diversões. Com as festas a serem gradualmente canceladas por todo o país, muitos empresários podem não conseguir pagar as revisões dos divertimentos e as inspecções, o que é feito apenas depois do Verão.

A 15 de Maio, o Governo anunciou que feiras e mercados de vendas de produtos poderiam abrir a 18 de Maio, mas as feiras de diversão tiveram de esperar.

Texto editado por Ana Fernandes

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