Paulo Gama Mota. Uma viagem pela teoria da evolução

O convidado desta semana no podcast 45 Graus é Paulo Gama Mota, biólogo, doutorado e professor na Universidade de Coimbra. Os seus interesses científicos têm sido o estudo do comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas. Foi director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (entre 2006 e 2015) e preside actualmente à Sociedade Portuguesa de Etologia.

Nesta conversa, acompanhe uma viagem pela biologia evolutiva, percorrendo vários aspectos da teoria da evolução — um bom candidato à área mais fascinante da ciência. Como dizia o filósofo Daniel Dennett (mencionado na conversa com Sofia Miguens), a descoberta de Darwin de evolução por selecção natural é, provavelmente, “a melhor ideia que alguém alguma vez teve”. Uma ideia muito simples de explicar, mas, na prática, com a imensa variedade da árvore da vida, incrivelmente complexa. 

Compreender a lógica da evolução é fascinante por si só, mas também nos ajuda a compreender melhor uma série de outros aspectos, seja de outras áreas da ciência seja do nosso comportamento humano. Por isso, é um tema que já surgiu a propósito de vários temas neste podcast, tão distintos como genética, inteligência artificial, antropologia, psicologia evolutiva, doenças psiquiátricas ou nutrição.

Era por isso uma grande lacuna do podcast não ter ainda recebido um biólogo evolutivo para fazer uma viagem completa pelas teorias da evolução — e, para compensar, Paulo Gama Mota regressa no próximo episódio para uma segunda parte em que, depois desta visão panorâmica, falamos de vários outros aspectos que tornam a evolução um fenómeno tão complexo e, ao mesmo tempo, fascinante. 

Nesta primeira parte da conversa com o biólogo, Paulo Gama Mota faz uma viagem pela biologia evolutiva. Fala-se da teoria original de Darwin e do modo como foi complementada, já no século XX, pela visão da selecção como ocorrendo primariamente ao nível dos genes (e não apenas no indivíduo); segue-se a chamada “selecção de grupo”, uma área controversa da biologia, que propõe que a evolução pode também ocorrer um nível acima: ao nível dos grupos. Contudo, para haver selecção, não basta a um indivíduo ter maiores probabilidades de sobreviver mais tempo — tem que conseguir passar os seus genes para a geração seguinte. É aqui que entra a selecção sexual, de que falámos na última parte da conversa, e que é uma das áreas de investigação do convidado.

Nota: quando, por volta dos 80 minutos, se ouve o nome de Egas Moniz, é de Martim Moniz que se está a falar.

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