500 casos activos em Loures. Câmara justifica com precariedade habitacional, laboral e transportes públicos

O presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, apontou que já há medidas para controlar os focos da doença. Concelho tem 1383 casos acumulados desde o início da pandemia

Foto
Loures é um dos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa mais atingidos pela covid-19 e transportes públicos poderão ser foco de transmissão Daniel Rocha

A precariedade habitacional, laboral e a necessidade de utilização de transportes públicos são as principais causas para o aumento das infecções no concelho de Loures, anunciou esta sexta-feira a autarquia, indicando que se registam cerca de 500 casos activos.

O município de Loures, no distrito de Lisboa, é um dos concelhos da região de Lisboa e Vale do Tejo que regista mais casos positivos da covid-19, com um total acumulado de 1383 desde o início da pandemia.

No entanto, numa conferência de imprensa realizada ao final da manhã de sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), ressalvou que desses casos mantêm-se activos 33%, ou seja, cerca de 500.

O autarca explicou que existe uma equipa de trabalho, composta por elementos da Saúde Pública, Segurança Social e Câmara Municipal no terreno e que “todos os focos estão identificados”, assim como “as medidas necessárias para os controlar”.

Relativamente às razões para o aumento de casos, os responsáveis apontam para as situações de precariedade habitacional, social e a necessidade de utilização de transportes públicos.

“Estamos a falar de uma população activa que trabalha. A subsistência acaba por ser mais forte do que o confinamento. Confirma-se que não estamos todos no mesmo barco e que as condições sociais são um factor agravante da covid-19”, apontou.

Neste momento, as freguesias mais afectadas no concelho são as uniões de freguesia de Camarate, Unhos e Apelação e a de Sacavém e Prior Velho.

Portugal regista esta sexta-feira 1505 mortes relacionadas com a covid-19, mais uma do que na quinta-feira, e 36.180 infectados, mais 270, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde.

Sugerir correcção