O programador cultural que viu os seus palcos mudarem de lugar

Luís Ferreira levou as artes ao domicílio durante o confinamento e agora prepara o reencontro do projecto 23 Milhas com as salas (e as ruas). Um reencontro que se arrisca “precipitado”, mas urgente, para pôr fim à paralisação que agrava a instabilidade do sector. O programador espera que não sejam esquecidos os apoios para a Cultura na crise que aí vem.

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ADRIANO MIRANDA

No espaço que antecede a sala de exposições, para lá das escadas em caracol que denunciam o amplo átrio de entrada da Casa da Cultura de Ílhavo, foi colada à parede uma planta da praça que dá para o exterior, no coração da Avenida 25 de Abril. Com a ajuda de uma fita métrica e uma regra de alumínio, desenham-se cruzes, apagam-se círculos e estudam-se pontos estratégicos. Um perímetro de dois metros, esse número acorrentado ao imaginário colectivo do país desde o arranque do desconfinamento. Na primeira reunião presencial depois de semanas consecutivas perfumadas a Zooms caseiros, a equipa do 23 Milhas, o projecto cultural agregador do município, tenta perceber em que moldes vai conseguir realizar o festival Rádio Faneca, marcado para os dias 10, 11 e 12 de Julho.

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