Orquestra Filarmónica Portuguesa leva Beethoven ao Campo Pequeno no dia 21 de Junho

Concerto surge no âmbito do 250.° aniversário do nascimento do compositor.

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Concerto terá interpretações da 5.ª Sinfonia e do 5.º Concerto Para Piano DR

As velas teriam sido apagadas na última quinzena de Abril. Mas o novo coronavírus fez com que o Centro Cultural de Belém (CCB) tivesse de adiar o Festival Dias da Música – entretanto remarcado para 2, 3, 4 e 5 de Setembro –, cuja programação inicial incluía seis dias de concertos influenciados pela obra do músico nascido em Bona, em 1770. Com o desconfinamento – que, um passo de cada vez, vai escrevendo novas datas nas dormentes agendas culturais – em marcha, o Campo Pequeno promete compensar os melómanos pelo atraso forçado: a 21 de Junho, a casa comemora o 250.º aniversário de Ludwig van Beethoven com um concerto da Orquestra Filarmónica Portuguesa.

Nessa noite, e sob direcção do maestro Osvaldo Ferreira, divulgou esta sexta-feira a promotora Everything is New, serão apresentadas “duas das mais emblemáticas obras deste compositor”. Para além da 5.ª Sinfonia, celebrizada pelo ritmo dos seus primeiros compassos, a Orquestra Filarmónica Portuguesa tocará também o 5.º Concerto Para Piano, também conhecido como O Imperador, o último dos seus concertos para piano e orquestra”. João Bettencourt da Câmara assumirá as teclas durante a récita.

Para a editora alemã Deutsche Grammophon e a instituição Beethoven-Haus Bonn, a efeméride, que se cumpre em Dezembro deste ano, começou a ser festejada bem mais cedo. Em Novembro de 2019, a colecção Beethoven – The New Complete Edition fez jus ao seu ambicioso título, juntando 118 CD, três discos blu-ray, dois DVD e 16 álbuns digitais, incluindo “novas gravações em estreia mundial”. O equivalente a “mais de 175 horas de música”. Trinta dos discos eram dedicados a “interpretações alternativas”, tendo para isso sido convidada uma prestigiada selecção de intérpretes da música clássica, entre os quais o pianista chinês Lang Lang – que, com os violinistas Ikki Opitz e Amihai Grosz e a violetista Tatjana Masurenko, gravou o andante para quinteto de cordas, ou “o último pensamento musical de Beethoven”.

Com as novas regras de lotação que ditam lugares de separação e plateias limitadas, serão os sons do homem de “mau feitio” que “resgatou para a música uma dimensão filosófica sem precedentes” – nas palavras de André Cunha Leal, programador de música clássica do CCB – a encher um Campo Pequeno pronto para celebrar o legado do génio do romantismo.

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