Prisão preventiva para três novos suspeitos da morte de Giovani

Decisão foi lida esta quarta-feira no Tribunal de Bragança. Processo tem outros cinco arguidos, três dos quais em prisão preventiva.

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A morte de Giovani motivou várias manifestações de repúdio e solidariedade LUSA/FERNANDO DE PINA

Foi já esta quarta-feira que o Tribunal de Bragança decidiu sujeitar a uma medida de prisão preventiva os três novos suspeitos da morte de Luís Giovani Rodrigues, estudante do Politécnico de Bragança oriundo de Cabo Verde. A medida pode vir a ser substituída por prisão domiciliária.

A juíza ficou convencida de que os três homens, com idades compreendidas entre os 24 e os 31 anos, estiveram envolvidos na agressão de quatro estudantes, à saída de um bar. Num grau diferente, ainda assim, dos outros cinco, entre os 22 e os 35 anos, já detidos no dia 16 de Janeiro.

Os três homens detidos esta segunda-feira responderão por um crime de homicídio consumado e por três crimes de ofensa à integridade física qualificada. Os outros cinco responderão por um crime de homicídio consumado e três crimes de homicídio na forma tentada.

No comunicado, lido no tribunal, esclarece-se que o homicídio consumado é agravado pelo uso de armas. Naquela noite de 21 de Dezembro, os suspeitos terão usado paus, ferros e cintos. E a autópsia atribui a morte de Giovani a um ferimento na cabeça provocado por uma pancada com um objecto contundente.

Embora tenha decidido sujeitar os três novos suspeitos a prisão preventiva, o tribunal admite a possibilidade de esta medida vir a ser substituída "por obrigação de permanência na habitação, com vigilância electrónica, caso se mostrem reunidas as respectivas condições”. Os cinco primeiros também começaram por ficar todos em prisão preventiva. Entretanto, dois passaram a aguardar julgamento em prisão domiciliária.

Giovani morreu dez dias depois dos factos, no Hospital de Santo António, no Porto. Tinha 21 anos. Mudara-se para Portugal em Outubro para estudar Design de Jogos Digitais. A sua morte motivou manifestações de solidariedade e repúdio. As autoridades afiançam “não ter sido apurado qualquer indício no sentido de os factos praticados pelos arguidos terem sido determinados por ódio racial ou gerados pela cor, origem étnica ou nacionalidade das vítimas​”. com Lusa

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