Jogos Olímpicos vão ter menos atletas já a partir de 2021

A decisão não tem que ver directamente com a pandemia de covid-19, mas sim com um processo de simplificação do evento e redução de custos.

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COI quer simplificar e reduzir os custos dos Jogos LUSA/FRANCK ROBICHON

O Comité Olímpico Internacional (COI) definiu um tecto máximo de 10.500 atletas que podem participar nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, segundo o anúncio feito nesta quarta-feira por Thomas Bach, presidente da entidade. “Haverá menos desportistas em Paris do que no Rio ou em Tóquio”, assinalou Bach em videoconferência de imprensa, depois da reunião do conselho executivo do COI, na Suíça.

O responsável explicou que nas Olimpíadas de Tóquio, no próximo ano (depois do adiamento provocado pela pandemia do novo coronavírus), também se vai aplicar esta cota, mas sem contar com os participantes nas cinco novas modalidades olímpicas: surf, escalada, skate, karaté e beisebol.

Thomas Bach sublinhou que a redução no número de atletas faz parte dos planos de “simplificação” dos Jogos, tendo a informação sido avançada no mesmo dia em que a organização de Tóquio 2021 apresentou uma lista de 200 iniciativas para reduzir os custos e a complexidade do evento.

Desde Atlanta 1996, todos os Jogos Olímpicos de Verão superaram os 10.000 desportistas, com o recorde de participantes fixado no Rio 2016, que contou com 11.238 atletas (6179 homens e 5059 mulheres).

Em Março, o COI anunciou que, pela primeira vez, todos os países e territórios participantes nos Jogos do próximo ano, no Japão, deveriam ter, pelo menos, um atleta de cada sexo nas suas equipas.

Em Londres 2012 já tinha sido possível assegurar que todos os países tivessem, no mínimo, uma mulher entre os atletas, tendo sido a primeira vez que tal aconteceu no caso de países como a Arábia Saudita, o Catar ou o Brunei. Porém, nesse evento, houve equipas que não contaram com atletas masculinos.

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