Liga de clubes apresenta queixa-crime contra José Godinho

Em causa está um documento que apela à demissão da actual direcção do organismo.

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LUSA/PAULO NOVAIS

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LFFP) apresentou uma queixa-crime contra José Godinho, ex-presidente da Oliveirense, disse à agência Lusa fonte oficial do organismo, devido a um documento que pede à saída de Pedro Proença do cargo de presidente.

Segundo a mesma fonte, a queixa-crime intima José Godinho a identificar outros “14 elementos que alegadamente” assinaram o documento.

Um grupo de 15 ex-presidente e dirigentes de futebol, encabeçado por José Godinho, ex-presidente da Oliveirense, apelaram à saída de Pedro Proença da liderança da Liga de clubes, garantindo que ele é o responsável por uma situação que consideram “danosa”.

Num comunicado a que a agência Lusa teve acesso, a 30 de Maio, este grupo defende que, “ultimamente, tem-se assistido a um gradual e inusitado degradar da imagem da Liga Portugal, muito por responsabilidade dos titulares dos seus órgãos estatutários, designadamente o Exmo. Senhor Presidente da Liga Pedro Proença, o qual, tendo sido eleito Presidente da Liga Portugal em 2015, conseguiu ao fim de quatro anos, em 2019, ser reeleito para novo mandato até 2023”.

“A sua actuação, como titular daquele órgão, tem revelado um autêntico, contínuo e reiterado desrespeito pelas mais elementares normas jurídicas, estatutárias e regulamentares, conduzindo a Liga Portugal para a completa descredibilidade e inusitado desprestígio, quer institucional, nas suas relações externas com terceiros, quer internamente, nas relações com associados, demais órgãos e funcionários”, pode ler-se no comunicado.

O grupo de dirigentes acusa Pedro Proença de ser “adepto da usurpação de poderes, uma vez que pratica e legitima actos que são da competência de outros órgãos estatutários da Liga, como é o caso da aprovação pela direcção da Liga, com o voto do presidente, da alteração regulamentar, ocorrida em Maio de 2020, do regime de subidas e descidas entre as competições profissionais, cuja competência é, em termos estatutários e regulamentares, exclusiva da Assembleia Geral”.

Neste documento, o presidente da Liga de clubes é ainda acusado de desvio de poder.

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