Centenas de pessoas manifestam-se em Coimbra contra o racismo

A morte de George Floyd é “o ponto de viragem, de rotura, de mudança” e “hoje este protesto é uma homenagem a todos as vítimas” do racismo, da opressão, diz Leonardo Botelho, um dos organizadores da iniciativa em Coimbra.

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LUSA/PAULO NOVAIS
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Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado, em Coimbra, contra o racismo, associando-se à “luta pela dignidade humana” na sequência da morte, em Maio, do afro-americano George Floyd, sob custódia da polícia dos Estados Unidos.

A concentração, na Praça da República, na Alta de Coimbra, fez parte das manifestações de protesto, em vários países, contra a morte de Floyd -- “Black Lives Mater” -- e que em Portugal também estavam previstas para a tarde de hoje em Braga, Lisboa, Porto e Viseu.

Floyd, de 46 anos, foi morto em 25 de Maio, em Minneapolis, no estado norte-americano do Minnesota (Estados Unidos), depois de ter sido pressionado no pescoço pelo joelho de um polícia, durante cerca de oito minutos, numa operação de detenção, apesar de a vítima dizer que não conseguia respirar.

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Paulo Novais/Lusa

A morte de George Floyd é “o ponto de viragem, de rotura, de mudança” e “hoje este protesto é uma homenagem a todos as vítimas” do racismo, da opressão, sustentou Leonardo Botelho, um dos organizadores da iniciativa em Coimbra. “Neste dia dizemos basta”, mas isso “não chega e temos de o dizer todos os dias, sempre que há injustiças”, apelou ainda o estudante da Faculdade de Direito de Coimbra, durante a sua intervenção na manifestação.

“O meu nome não interessa”, afirmou ainda Leonardo, dizendo que é “o negro, o de cor, o negrinho, o preto, o escurinho, o pretinho -- nunca tive coragem de o dizer, mas hoje digo-o: não gosto”. E acrescentou: “Não basta não sermos racistas, temos de ser antirracistas”.

Gritando palavras de ordem como “Black lives mater” e também em português -- “As vidas negras importam” -- ou “Justiça, justiça, nós queremos justiça” e “Só queria respirar, mas até para isso tenho que suplicar”, os manifestantes, a maior parte dos quais jovens, também quiseram demonstrar que “o racismo não tem fronteiras”.

O racismo é “um problema de todo o mundo e não só de um país”, sublinha Madalena Bondzi, também da organização da manifestação, que, reconheceu, reuniu “muito mais pessoas” do que previa.

Os protestos em Portugal visaram também repudiar a designação pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dos movimentos antifascistas como grupos terroristas.

A campanha mundial de solidariedade prossegue noutras cidades internacionais com idênticos objectivos, nomeadamente em Londres, Varsóvia, Paris, Melbourne, Tunes, além de Washington e outras dos Estados Unidos.

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