Pinto da Costa considera “ridículas” as normas da DGS para os estádios

Presidente do FC Porto falou à margem das eleições do clube: “Querem fazer do futebol uma cobaia”.

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LUSA/JOSE COELHO

Pinto da Costa, actual presidente e candidato da lista A à presidência do FC Porto, apelidou neste sábado de “ridículas” as normas aplicadas pela Direcção-Geral da Saúde para os estádios, afirmando que é uma situação “incompreensível”.

“Acho ridículo. Não têm noção. Vamos assistir a um camarote de 126 lugares ter 10 pessoas. É realmente ridículo. O Presidente da República e o primeiro-ministro estiveram no Campo Pequeno e nada disso acontece. Querem fazer do futebol uma cobaia e não têm a mínima noção do que isto é”, referiu, após exercer o seu direito de voto.

Pinto da Costa abordou ainda o regresso à competição e o facto de os jogos se realizarem à porta fechada, salientando que o público faz falta. “Acho que foi evidente a falta de ritmo das equipas e a falta que o público faz à própria intensidade de jogo. Aconteceram coisas que, com estádios cheios, não teriam acontecido. Dá a sensação que estão a treinar. Acho negativo e é incompreensível que para ouvir umas piadas possam estar duas mil e tal pessoas e num estádio de 50 mil não possam estar 500”, frisou.

Sobre a derrota do FC Porto em Famalicão, Pinto da Costa desvalorizou. “Título em disputa até ao final? Não tenho dúvida nenhuma, será até ao final. Todos os clubes vão perder pontos. Quem perder menos será campeão, isso é verdade de La Palice”, referiu.

O dirigente comentou ainda as declarações de André Villas-Boas, nas quais manifesta o desejo de um dia ser presidente do FC Porto. “É um sócio com as contas em dia, não teve de ir a correr como alguns pagar cinco anos de atraso. Tem capacidade, se se sente motivado tem todo o direito, seria uma boa opção para o FC Porto”, frisou Pinto da Costa, que voltou a falar sobre a contestação a Pedro Proença, presidente da Liga de clubes.

“Faz algum sentido que um indivíduo que tirou a Liga da falência total deixe de ter a confiança dos clubes porque escreveu uma carta ao Presidente da República? São outras coisas por trás”, insinuou.

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