OMS recomenda utilização de máscaras de tecido em locais públicos

Em Portugal o Governo decretou, em situação de desconfinamento, a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados, como lojas e transportes públicos. A DGS já tinha recomendado o uso de máscara em locais públicos com muita afluência.

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OMS recomenta a utilização de máscaras sociais em locais públicos, como os centros comerciais Paulo Pimenta

A Organização Mundial de Saúde (OMS) actualizou as orientações referentes à utilização de máscaras esta sexta-feira. Recomenda agora aos governos que peçam às pessoas que usem máscaras de tecido nos locais públicos para conter a pandemia de covid-19.

Em Abril, apesar de diversos países tornarem o uso de máscara obrigatório, como a a Áustria, a República Checa e a Eslováquia, a OMS mantinha a sua posição e excluía um cenário onde as máscaras fossem usadas de forma universal. Para a organização, só as pessoas infectadas com SARS-CoV-2, os cuidadores e os profissionais de saúde deveriam usar máscaras.

A mudança por parte da OMS deve-se a um aumento de evidências de vários países que encomendaram ou recomendaram o uso de máscaras, bem como a dificuldade do distanciamento social em muitos contextos. No entanto a organização não-governamental avisa que esta medida ainda não é apoiada por evidências científicas directas ou de alta qualidade. 

A organização defende que as máscaras cirúrgicas devem estar disponíveis para toda à população médica e para os grupos de risco. Assim, recomendam à população em geral o uso de máscaras sociais para não serem desviados recursos daqueles que estão mais expostos ao risco.

As máscaras sociais devem ser usadas nas seguintes situações:

  • locais públicos, como lojas, trabalho, reuniões sociais ou de massa
  • locais fechados, como escolas ou locais de culto
  • pessoas que vivem em condições difíceis, tais como em campos de refugiados ou bairros de lata
  • nos transportes públicos

O debate sobre a utilização generalizada de máscara começou, praticamente, desde o início da pandemia. Apesar da mudança, a OMS sublinha que a máscara só protege se for utilizada correctamente. Assim, o tecido deve cobrir desde o nariz até ao queixo e ajustar-se bem ao rosto. Deve ter algum tipo de material filtrante e ser feita de material não irritante para a pele (100% algodão, sem elastano, de preferência). Deve permitir respirar sem restrições. Não se deve estar constantemente a mexer na máscara e, ao retiramos, não se pode tocar no rosto. 

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