Mapa de sintomas de covid-19 do Facebook passa a incluir Portugal

O Facebook começou a pesquisar os sintomas da covid-19 nos EUA, através de inquéritos aos utilizadores, em Abril.

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Os dados recolhidos devem ser utilizados para identificar novos focos de contaminação Reuters/Dado Ruvic

O Facebook começou a partilhar resultados internacionais, incluindo de Portugal, num mapa com informação sobre a covid-19 recolhida pela rede social. Desde Abril, que a empresa está a compilar dados agregados sobre a movimentação dos seus utilizadores bem como informação sobre sintomas da covid-19 reportados em inquéritos disponíveis na rede social. Até agora, porém, apenas era possível consultar mapas sobre alguns países, como Itália, Brasil e EUA.

“O nosso inquérito aos sintomas, bem como os nossos conjuntos de dados sobre os movimentos [das pessoas] estão a informar a resposta do sector público à covid-19 em todo o mundo”, lê-se numa mensagem partilhada pelo Facebook esta terça-feira, em que anuncia a expansão dos seus mapas.

Também passa a ser possível consultar um mapa com informação sobre as deslocações das pessoas entre diferentes países e Estados para ajudar os investigadores a perceber como é que as viagens influenciam a propagação da covid-19. 

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A rede social passa a apresentar informação sobre sintomas de covid-19 e movimentações dos utilizadores de todo o mundo FB

Apesar de o inquérito passar a estar disponível em Portugal, à hora de publicação desta notícia ainda não estava visível ao pesquisar sobre “covid-19” na rede social. Deverá incluir perguntas sobre sintomas frequentemente associados à covid-19 como tosse persistente e febre. 

Foi em Abril que a empresa liderada por Mark Zuckerberg começou a pesquisar os sintomas da covid-19 através de inquéritos aos utilizadores nos EUA como parte de um projecto de investigação da universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia. Mais de um milhão de pessoas responderam ao inquérito nas primeiras duas semanas.

“Como ter sintomas é frequentemente um precursor de uma ida ao hospital ou ficar gravemente doente, se isto funcionar, pode-se produzir um mapa semanal que ajudará hospitais a antever o número de casos que poderão ter nos dias seguintes”, explicou Mark Zuckerberg, na altura da apresentação do projecto.

Numa entrevista ao meio especializado em tecnologia The Verge, o presidente executivo do Facebook defendeu esta forma de estimar o número de casos como uma alternativa aos números oficiais, caso os governantes tenham interesse em esconder informações ou disfarçar a dimensão da pandemia.

“Alguns governos não estão particularmente interessados que o mundo saiba quantos casos existem ou saiba como o coronavírus se está a espalhar pelos seus países. Portanto, obter dados sobre isso é muito importante”, realçou o criador do Facebook.

Os dados recolhidos pelo Facebook são agregados para mostrar informação ao nível da cidade ou do país, mas não mostrar os padrões de indivíduos. Quem não quiser partilhar a localização no Facebook pode aceder às definições em “conta > localização > desactivar historial de localização”.

Além do Facebook, o Google também começou a partilhar relatórios de mobilidade comunitária sobre as deslocações dos seus utilizadores no começo de Abril. 

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