WWF preocupada com aumento de plástico no mar com máscaras e luvas

A associação ambientalista apela à colocação do material de protecção no lixo, para evitar que os rios e mares fiquem ainda mais poluídos.

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Toby Melville/Reuters

Os equipamentos de protecção de plástico usados contra a covid-19 estão a criar um tsunami de resíduos que vai a caminho do oceano, avisou esta quarta-feira, 3 de Junho, a associação ambientalista World Wid Fund for Nature (WWF), que lançou uma campanha em Espanha pedindo civismo.

Com a campanha Apanha a Luva, a organização apela à responsabilidade dos cidadãos para porem as luvas e máscaras de protecção nos contentores do lixo, protegendo a saúde e evitando que os rios e mares do planeta fiquem ainda mais poluídos. A WWF pede um plano urgente de gestão dos resíduos provocados pela pandemia.

A organização recolheu imagens de máscaras e luvas espalhadas por vários lugares, podendo contaminar pessoas e chegar ao mar quando arrastadas para os rios, como já se verificou no Mediterrâneo e noutros mares do mundo.

Cada máscara cirúrgica, que pesa cerca de quatro gramas, pode demorar 400 anos a degradar-se, o que apresenta um problema “muito preocupante” com o seu uso generalizado.

A WWF teme que o levantamento das medidas de restrição de movimentos e confinamento de populações, sobretudo no Verão, faça aumentar a poluição nas praias, com a qual sofrerão tartarugas, medusas e outros animais que confundem as luvas e máscaras com alimentos.

Anualmente, estima-se que cerca de 100 mil animais marinhos morram presos, asfixiados ou envenenados com resíduos plásticos. A organização avisa ainda que a poluição por plástico nos mares pode atingir um ponto crítico se não se tomarem medidas eficazes e apela para que não se recue “nem um passo” nos compromissos adoptados para eliminar os plásticos descartáveis em 2021 em Espanha.

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